Diário de São Paulo
Siga-nos
Clima

SP registra novo recorde com temperatura de 36,5°C

A temperatura mais elevada do ano, marcando também a sexta maior temperatura já documentada pelo Inmet

SP registra novo recorde com temperatura de 36,5°C - Imagem: Reprodução Freepik
SP registra novo recorde com temperatura de 36,5°C - Imagem: Reprodução Freepik

Lillia Soares Publicado em 24/09/2023, às 16h37


No domingo, 24 de setembro de 2023, São Paulo experimentou a temperatura mais elevada do ano, atingindo 36,5°C, marcando também a sexta maior temperatura já documentada de acordo com as medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A cidade tem enfrentado uma prolongada onda de calor, afetando diversas áreas de São Paulo e também afetando outros estados. Esse calor dominical superou os recordes anteriores, que eram de 34,7°C, estabelecidos na sexta-feira, 22 de setembro, e no sábado, 23 de setembro, que até então eram considerados os dias mais quentes do ano.

De acordo com Folha de São Paulo, o Inmet registrou essa marca por volta das 15 horas, na estação meteorológica localizada no Mirante de Santana, situado na zona norte da capital.

Nos últimos dias do inverno, os habitantes de São Paulo têm enfrentado uma sucessão de altas temperaturas à medida que a estação cede lugar à primavera, que oficialmente começou às 3h50 do sábado, 23 de setembro. Durante os dois primeiros meses da primavera, muitas regiões do país, incluindo a capital paulista, costumam registrar temperaturas máximas significativas.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), este inverno foi considerado o mais quente e intenso desde 1961 na cidade, com uma média de temperatura de 26°C, em comparação com os 25,2°C registrados naquele ano. É notável que três dos dias mais quentes de 2023 ocorreram durante a estação do inverno.

No primeiro dia da primavera, em 23 de setembro, a quarta temperatura mais alta do ano foi registrada, chegando a 32,5°C, reminiscente das temperaturas típicas do verão, que ocorrem geralmente em janeiro.

A Defesa Civil estadual explica que uma das causas das ondas de calor é a presença de um sistema de alta pressão sobre algumas áreas do estado, o qual mantém o clima quente e seco, dificultando a chegada de frentes frias carregadas de umidade.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prevê que a presença do fenômeno El Niño continuará a impulsionar as ondas de calor ao longo da temporada de primavera. Esse fenômeno climático deverá resultar em um aumento das chuvas na região Sul do Brasil, com um foco particular no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, enquanto ao mesmo tempo provocará uma redução na quantidade de precipitação na área leste da Amazônia.

Embora não se possa prever com certeza os impactos exatos na região Sudeste nos próximos meses, de acordo com o Inpe, é esperado que a quantidade de chuva em São Paulo supere a média histórica registrada nos últimos 30 anos.

Além disso, a cidade de São Paulo tem enfrentado dias com baixa umidade, mas essa situação deve mudar com a chegada de uma frente fria na segunda-feira, 25 de setembro. É de extrema importância manter-se bem hidratado e considerar a ingestão de bebidas como água de coco e isotônicos para minimizar os efeitos negativos no sistema respiratório.

Para aliviar a irritação das vias aéreas, é aconselhável usar soro fisiológico para fazer lavagens nasais e para inalações. Esses cuidados devem ser ainda mais rigorosos quando houver crianças ou idosos em casa.

É essencial redobrar a atenção nas próximas semanas, pois a previsão global é que 2023 seja classificado como o ano mais quente ou o segundo mais quente desde 2016, de acordo com cientistas dos Estados Unidos. Além disso, agosto passado foi registrado como o agosto mais quente da história, com a temperatura média global excedendo em 1,25°C a média do século 20 para o mês.

Compartilhe