Amazônia registra maior número de incêndios em 16 anos

Nos últimos 30 dias de junho, a Amazôniae o Cerrado do Brasil enfrentaram uma alarmante média de pelo menos quatro focos de incêndio por hora, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mês de junho desse ano registrou a maior quantidade de queimadas para o período nos últimos 16 anos.

Na Floresta Amazônica, um total de 3.075 focos de incêndio foram identificados, marcando o segundo maior número já registrado para o mês, ficando atrás somente dos 3.519 focos observados em junho de 2007. O primeiro semestre de 2023 também viu um aumento notável em relação ao mesmo período do ano anterior, com 8.344 focos de incêndio em comparação com 7.533 em 2022, indicando um crescimento de 10% no bioma.

Os dados coletados pelo Programa Queimadas do Inpe, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já haviam revelado um aumento de 17% nos primeiros seis meses de 2022 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Embora esse crescimento continue neste ano, nota-se que houve uma desaceleração na taxa de aumento dos focos de incêndio.

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No caso do Cerrado, o segundo maior bioma do Brasile também a savana mais biodiversa do mundo, o aumento observado em junho foi menor do que o registrado na Amazônia. Em 2022, foram identificados 4.239 focos de incêndio nesse bioma, enquanto no mesmo mês deste ano o número subiu para 4.472 ocorrências, representando um crescimento de 5%. Os dados, embora preocupantes, ainda não superaram os números recordes de 2007, quando 7.051 focos de incêndio foram registrados pelo Inpe no Cerrado.

Até o momento, não houve manifestação do Ibama(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) sobre esses dados alarmantes.