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Histórico

São Paulo registra o 3º mês de fevereiro mais chuvoso da história; veja os números

Com o alto volume de chuvas, o Cantareira finalizou o mês com o maior volume de água dos últimos 11 anos

São Paulo registra o terceiro mês de fevereiro mais chuvoso da história; veja os números - Imagem: Agência Brasil
São Paulo registra o terceiro mês de fevereiro mais chuvoso da história; veja os números - Imagem: Agência Brasil

Nathalia Jesus Publicado em 02/03/2023, às 08h33


As fortes chuvas na cidade de São Paulo nas últimas semanas resultaram em um recorde histórico: esse foi o fevereiro mais chuvoso da capital paulista em 81 anos, quando teve início a série de medição pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

De acordo com dados da estação convencional do instituto, no Mirante de Santana, localizado na zona norte da capital, choveu o equivalente a 428,9 mm, o que representa um acúmulo 66% acima da média, que é de 257,7 mm, para o período.

Segundo as informações apuradas pelo g1, o volume de chuva fica atrás somente dos meses de fevereiro de 1995 e 2020.

O resultado de 2023 foi na contramão da conclusão para o mesmo período do ano passado, que era considerado pelo Inmet como o mais seco dos últimos 38 anos. Naquela ocasião, o Sistema Cantareira operava com 43% da capacidade.

Reservatórios

Com o alto volume de chuvas, o Cantareira finalizou o mês de fevereiro com o maior volume de água dos últimos 11 anos. O Cantareira é o maior responsável pelo abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo, e inciou o mês de março com 70% de sua capacidade, o índice mais alto registrado desde 2012.

O resultado também foi positivo para os principais reservatórios da Grande São Paulo. Guarapiranga, Alto Tietê e Rio Grande terminaram o mês com resultados acima da média histórica, segundo dados da Sabesp.

"Em fevereiro, tivemos frentes frias vindas do sul do continente que acabaram se chocando com a umidade que vem da Amazônia — injetada especialmente pelo La Niña, que gera mais chuvas na região Norte", explicou o professor Pedro Luiz Côrtes, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP).

"Esse choque fez com que as chuvas ficassem acima da média em fevereiro, revertendo a redução das chuvas ocorrida em janeiro", disse o especialista.

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