O pedido do Exército para prender 6 militares por furto de armas de um quartel foi negado pela Justiça
Marina Roveda Publicado em 02/11/2023, às 11h02
A Justiça Militar recusou recentemente o pedido do Exército para prender preventivamente seis militares suspeitos de furtar 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra, em Barueri, na Grande São Paulo. O crime ocorreu em setembro, e desde então, 19 armas foram recuperadas, enquanto as outras duas ainda estão desaparecidas.
As investigações estão em andamento, e a expectativa dos investigadores é que o inquérito militar, que analisa o caso, seja concluído até dezembro, com o indiciamento dos suspeitos por furto, peculato, receptação e extravio. Após essa etapa, planeja-se fazer um novo pedido de prisão, com base em provas adicionais que comprovem o envolvimento dos suspeitos neste considerável desvio de armas do Exército brasileiro. Para isso, a investigação planeja utilizar dados obtidos a partir da quebra dos sigilos bancários, telefônicos e das redes sociais dos envolvidos.
O Ministério Público Militar (MPM) também se opôs à prisão preventiva, argumentando que os "indícios" contra os militares eram insuficientes para justificar a detenção. Além disso, todos os suspeitos possuem residência fixa, emprego e não têm antecedentes criminais.
A Procuradoria está investigando se houve irregularidades durante o período de "aquartelamento" imposto à tropa após a descoberta do furto das armas em 10 de outubro. Embora essa medida seja prevista pelo Exército em casos excepcionais, a Procuradoria está apurando se sua aplicação foi legal no contexto do furto das armas.
Durante o período de "aquartelamento," os militares tiveram seus celulares confiscados e foram interrogados no inquérito para fornecer informações que pudessem levar aos responsáveis pelo desaparecimento das metralhadoras.
Um dos suspeitos do furto, um cabo, relatou que todos eles foram agredidos durante o "aquartelamento" no Arsenal de Guerra, de acordo com sua defesa. Ele denunciou as agressões, que teriam ocorrido durante as investigações do Exército para identificar os autores do crime e rastrear as armas que acabaram em mãos de facções criminosas.
Os suspeitos são militares de diferentes patentes, incluindo soldados, cabos, sargentos e tenentes. O cabo que denunciou as agressões apresentou queixa formalmente no quartel, e o incidente será alvo de uma investigação interna.
No entanto, a defesa do cabo não apresentou provas ou testemunhas das agressões. Além disso, a advogada não forneceu detalhes sobre a defesa do cabo em relação às acusações de furto, uma vez que ele ainda não foi indiciado por qualquer crime.
A investigação também aponta que os militares tiveram seus celulares confiscados e foram obrigados a fornecer suas senhas pessoais. No entanto, apenas o cabo, dos seis suspeitos, não está trabalhando atualmente no Arsenal de Guerra em Barueri. Ele está de licença médica de sete dias após ter faltado ao trabalho por dois dias e apresentado um atestado psiquiátrico particular em 27 de outubro, quando compareceu ao quartel com sua advogada.
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