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Alarmante

Número de famílias em extrema pobreza chega a 760 mil na cidade de SP e dados preocupam

O índice aponta um crescimento de 10% no 2° semestre de 2022

Número de famílias em extrema pobreza chega a 760 mil na cidade de SP e dados preocupam - Imagem: Fotos Públicas
Número de famílias em extrema pobreza chega a 760 mil na cidade de SP e dados preocupam - Imagem: Fotos Públicas

Nathalia Jesus Publicado em 25/04/2023, às 11h44


O número de famílias vivendo em extrema pobreza na cidade de São Paulo aumentou cerca de 10,5% entre julho e dezembro de 2022, segundo dados do Cadastro Único da Prefeitura (CadÚnico), utilizado para o pagamento de programas sociais diversos na capital.

São consideradas famílias em extrema pobreza aquelas que obtém uma renda per capita de ate R$ 109 por mês.

Em julho de 2022, o número de famílias nessa realidade era de 690.933. Em agosto, o número bateu 704.073. O ano então terminou com 760.386 famílias em extrema pobreza.

Durante o primeiro trimestre de 2023, a crescente continuou. Até março, o índice de famílias nessa situação ultrapassou 790 mil, segundo informações do g1.

  • Janeiro 2023: 767.279 famílias
  • Fevereiro 2023: 779.750 famílias
  • Março 2023: 792.726 famílias

De acordo com a Prefeitura, entre as pessoas cadastradas no CadÚnico, referentes ao mês de fevereiro, 49.562 famílias estavam listadas como "em situação de rua". No entanto, dessas, apenas 34.700 estão com o cadastro atualizado.

Para que os cadastros sejam considerados atualizados, a inserção ou a última atualização no sistema tem que ter sido realizada nos últimos dois anos.

O CadÚnico é a porta de entrada para diversos programas de transferência de renda como Auxílio Brasil, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Benefício Eventual e Renda Mínima, do governo federal, ou o Bolsa do Povo e o Vale Gás, do governo de estado, por exemplo.

Posicionamento da Prefeitura

"A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Fazenda, informa que o saldo do Tesouro Municipal em 13 de abril era de R$ 34,94 bilhões. Deste total, R$ 20,8 bilhões são de recursos do Tesouro e R$ 14,07 bilhões de recursos vinculados – entre eles se encontram recursos de Operações Urbanas, Fundos Municipais destinados exclusivamente a Investimentos, Fundeb (Educação), SUS (Saúde), Convênios com União e Estado e Outros.

Cabe destacar, em comparação ao saldo indicado, que R$ 35,47 bilhões já estão comprometidos com empenhos relativos a despesas com realização prevista até 31 de dezembro de 2023 (sendo R$ 4,6 bilhões restos a pagar de exercícios anteriores). Além disso, nos primeiros meses do ano existe uma tendência a saldo mais expressivo no caixa municipal por conta do maior ingresso de recursos, com uma redução ao longo do ano devido ao pagamento de despesas sazonais tais como 13º salário dos servidores.

A administração municipal tem realizado esforços continuados para melhorar a qualidade dos serviços públicos ofertados à população e para enfrentar os desafios, agravados pela pandemia, do atendimento à população – especialmente à parcela em situação de maior vulnerabilidade social. Os recursos atuais do Tesouro Municipal refletem o bom momento da economia paulistana após a queda nos indicadores econômicos causados pela pandemia e não significam falta de empenho da gestão municipal no enfrentamento aos problemas da cidade. É preciso ressaltar ainda que não existem garantias de que o cenário econômico positivo da cidade seguirá indefinidamente sem sobressaltos, o que exige dos gestores públicos prudência para evitar ações que gerem problemas futuros nas contas da Prefeitura.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) informa ainda que, de acordo com os dados do CadÚnico (Cadastro Único), em janeiro de 2022, 632.248 famílias estavam em situação de extrema pobreza na cidade de São Paulo. Já em fevereiro de 2022, eram 647.522 e em março 655.880 famílias.

A SMADS reitera que, com base no CadÚnico, são consideradas famílias em extrema pobreza aquelas com renda per capita mensal de até R$ 109,00 após a mudança feita pelo Governo Federal, o que acaba aumentando a base de famílias nessa classificação. Até o mês de fevereiro deste ano, eram consideradas famílias em extrema pobreza aquelas que tinham renda per capita de até R$105,00. Em 2021, a renda per capita que estabelecia esse recorte era de até R$ 89,00.

As pessoas podem agendar atendimento através do Portal 156, em um dos 54 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), nas unidades itinerantes do CadÚnico ou nas 11 unidades do Descomplica SP.

O CadÚnico é a porta de entrada para diversos programas de transferência de renda como Auxílio Brasil, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Benefício Eventual e Renda Mínima".

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