Movimentação de R$ 250 milhões em transações envolvendo cassiterita extraída ilegalmente da Terra Indígena Yanomami está sendo investigada
Marina Roveda Publicado em 09/12/2023, às 15h15
O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) concedeu habeas corpus na noite de sexta-feira (08) ao empresário de Alexandre Pires, Matheus Possebon, preso preventivamente pela Polícia Federal de Santos. A prisão ocorreu após o desembarque do empresário de um cruzeiro temático do artista. A decisão destaca "diversas situações fáticas que ainda merecem esclarecimentos" e aponta fragilidade na comprovação da periculosidade dos investigados e repetição dos supostos crimes. O empresário terá que cumprir medidas cautelares, incluindo comparecimento periódico em juízo e comunicação de alteração de endereço. A defesa de Possebon afirmou que "felizmente o erro foi corrigido."
Esquema de lavagem de dinheiro com cassiterita
Matheus Possebon e outros empresários estão sendo investigados por movimentarem R$ 250 milhões em transações com cassiterita extraída ilegalmente da Terra Indígena Yanomami. O inquérito sugere um esquema de "lavagem" do minério, que era declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, mas, segundo a polícia, seria originário do próprio estado de Roraima. A cassiterita é utilizada na produção de tintas, plásticos e fungicidas. O cantor Alexandre Pires também é alvo da investigação.
Decisão do TRF-1
A desembargadora Maria do Carmo Cardoso, responsável pela decisão, apontou situações que demandam esclarecimentos no processo. As condições para a liberdade de Matheus Possebon incluem comparecimento periódico em juízo, presença em todos os atos do processo e comunicação de qualquer alteração de endereço. O descumprimento dessas medidas pode resultar na decretação da prisão preventiva.
Operação Disco de Ouro
A Operação Disco de Ouro, deflagrada em dezembro, investiga um esquema que envolve garimpeiros, empresários e Alexandre Pires. Ela é um desdobramento de uma ação da PF em janeiro de 2022, quando foram apreendidas 30 toneladas de cassiterita extraída da Terra Indígena Yanomami. O minério estava no depósito de uma empresa investigada e seria enviado ao exterior. As investigações continuam em andamento.
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