O Instituto para o Estudo da Guerra, centro de reflexão com sede em Washington, concluiu que a Rússia está resolvendo problemas logísticos e pode atacar Kiev
Redação Publicado em 09/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h46
O Instituto para o Estudo da Guerra, centro de reflexão com sede em Washington, concluiu que a Rússia está resolvendo problemas logísticos e pode atacar Kiev nos próximos dias.
“As forças russas continuam a se concentrar nos arredores leste, noroeste e oeste de Kiev para um ataque à capital nas próximas 24 a 96 horas”, diz avaliação publicada pelo Instituto.
O sucesso estará dependente da forma como os russos conseguirem “reabastecer, reorganizar e planejar”, após a invasão inicial que os especialistas acreditam que se desfez devido a previsões falhas – em que os militares não se prepararam, em primeira instância, para uma ofensiva terrestre estratégica contra uma Ucrânia determinada e hostil,, diz o jornal The Guardian.
“As forças russas estão se consolidando e se preparando para novas operações nas periferias oeste e leste de Kiev, especialmente na área de Irpin, no oeste, e de Brovary no leste”, diz o instituto, que assume que as forças russas continuam os preparativos para um ataque a Kiev nos próximos dias. “Eles obtiveram ganhos limitados, mas notáveis, nos arredores do noroeste de Kiev e continum a concentrar forças para um ataque à cidade”, acrescenta.
“Nenhuma parte da operação militar parecia racional ou o que se esperaria que fizessem”, disse Michael Kofman, diretor do programa sobre a Rússia no centro de estudos CNA, lembrando que unidades levemente blindadas fizeram tentativas fracassadas de marchar para Kiev e Kharkiv nos primeiros dias do conflito. Kofman acredita que foi dito aos soldados russos que eles iriam “ajudar ucranianos a lse ibertarem”.
Nesse ataque à capital, destacou-se a coluna de veículos militares que seguia em direção a Kiev e que se estendeu por dezenas de quilômetros, ficando estagnada, com veículos sem combustível ou com problemas. Criou-se um problema de filas de veículos, com poucas estradas alternativas e com bordas enlameadas que dificultavam manobras.
Falando em evento organizado pelo centro de estudos Rusi (Royal United Services Institute), Kofman disse que acredita que “a questão de logística está supervalorizada” e que o problema enfrentado pelos invasores é mais básico: era “extremamente difícil desfazer” o congestionamento criado nas estradas. “Os militares, muitas vezes, têm que aprender os problemas da maneira mais difícil”, afirmou..
Os especialistas consideram que o problema criado na coluna procedente do Norte não foi sentido em outros locais.
Por outro lado, as forças ucranianas não conseguiram fazer qualquer tentativa de tentar destruir a coluna, demonstrando a fragilidade das Forças Armadas, acrescenta o Guardian.
De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, as forças ucranianas estão desafiando as linhas russas estendidas que vão de Sumy, ainda não ocupada pelas forças russas, até a periferia leste de Kiev.
Os peritos acreditam que os próximo dias poderão ser críticos.
Nick Reynolds, especialista da Rusi, levanta a dúvida. “A questão é se estará em boa forma, suficiente para tentar completar o cerco a Kiev, “dado o martelar físico e psicológico que suas forças sofreram enquanto estavam em estado de desorganização”.
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EBC
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