O número de chilenos que vivem no Brasil que devem comparecer às urnas no segundo turno das eleições presidenciais neste domingo (19) deve ser o dobro do
Redação Publicado em 19/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h34
O número de chilenos que vivem no Brasil que devem comparecer às urnas no segundo turno das eleições presidenciais neste domingo (19) deve ser o dobro do primeiro turno, de acordo com o cônsul-geral do Chile em São Paulo, Juan Salazar. No Chile, o voto é facultativo.
Um dos fatores que devem contribuir para o aumento da presença na urnas é o fato de as pesquisas indicarem uma eleição concorrida.
Um dos que foram votar é Aldo Saavedra, aposentado que vive desde 1978 no Brasil. Ele afirmou que foi votar, principalmente, porque é contra a atual política de aposentadoria no Chile, que, segundo ele, dificulta o acesso à aposentadorias dos chilenos.
Segundo Saavedra, a maioria dos chilenos de sua que vivem fora de seu país votam mais na esquerda, porque saíram durante o regime de Augusto Pinochet. “Os [chilenos] que estão fora [do país] foram maltratados, eu fui prisioneiro político”, diz. Saavedra afirma que votou em Gabriel Boric.
Chile vai eleger presidente entre esquerda e extrema-direita
No primeiro turno, os resultados no Brasil foram os seguintes:
No primeiro turno, 613 chilenos que vivem no Brasil votaram. Só no consulado de São Paulo estão inscritos mais de 1.200 pessoas habilitadas para votar.
Salazar, o cônsul em São Paulo, estima que cerca de 600 deverão comparecer só na cidade –há ainda votações em Brasília, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
O personal trainer Abraham Contreras, de 38 anos, foi um dos que foram votar pela manhã. Ele diz ter votado em Boric: “Talvez Boric não seja perfeito para o cargo, mas entre aqueles que o sistema político apresentou, ele é o que tem mais sensibilidade, e vai trazer a população jovem para fazer parte de um governo socialista”, afirmou.
Contreras afirmou que tem insatisfações a respeito do sistema de saúde e de educação no Chile.
Gabriel Boric, de esquerda, e José Antonio Kast, de extrema direita, representam lados opostos do espectro político e disputam cada voto do eleitorado.
Segundo uma pesquisa da consultoria AtlasIntel a que a agência Reuters teve acesso nesta quinta-feira, Kast, que levou uma maioria parcial no primeiro turno em 21 de novembro, tem 48,5% das intenções de votos, à frente de Boric, com 48,4%. Quando votos não válidos são retirados da conta, cada candidato fica com 50%, ou seja, há um empate.
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G1
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