Imagens divulgadas pela NASA deixaram astrônomos empolgados e público boquiaberto
João Perossi Publicado em 13/07/2022, às 09h57
James Webb segue deixando tanto astrônomos quanto o público geral de queixo caído. Lançado em dezembro de 2021, o telescópio especializado em capitação de luz infravermelha teve suas primeiras imagens divulgadas nesta terça (12) e segunda-feira (11), além das fotos de calibração divulgadas previamente. Confira agora o que foi fotografado pelo observatório e divulgado pela Nasa até agora.
Primeira foto final do observatório espacial Webb, a imagem do aglomerado de galáxias SMACS 0723 foi divulgada em evento na Casa Branca segunda-feira (13), com participação do presidente estadunidense Joe Biden. Na transmissão foi explicado que a impressionante imagem foi tirada com uma tecnologia de luz de fundo, usando a luz de uma estrela mais próxima para iluminar a imagem do aglomerado, que está localizado a 4,6 bilhões de anos-luz da Terra.
A Nebulosa do Anel Sul, localizada na constelação de Lira, também foi alvo das potentes lentes do Webb. Por meio de análise de infravermelho os cientistas puderam comprovar que a enorme nuvem de gás, que possui cerca de 1,3 ano-luz de raio, é composto por um sistema binário de estrelas no meio, com duas estrelas orbitado uma a outra. Localizada a 2,3 mil anos-luz da Terra, a Nebulosa provavelmente teria se formado na morte de uma estrela como o nosso Sol, segundo afirm o veículo GZH.
Numa magnífica imagem, James Webb mostrou com precisão a interação de 4 galáxias, numa foto com 5, localizadas no céu noturno na constelação de Pegasus. A galáxia mais próxima não faz parte da interação, estando a 40 milhões de anos-luz da Terra. As outras galáxias, que interagem gravitacionalmente entre si, estão em uma média de cerca de 300 milhões de anos-luz de nosso planeta. Pela interação observada, astrônomos percebem sinais da presença de imensos buracos negros, como explicada na trasmissão feita terça-feira (13).
Apelidada de "Penhasco Cósmico" pelo seu formato, a Nebulosa Eta Carinae pode ser fotografada com maiores detalhes pelo novo telescópio. Localizada na constelação de Quilha (ou Carina), foi revelado durante a live que os astrônomos puderam agora observar com maior precisão os pontos de formação de estrelas e os limites melhores definidos. O objeto cósmico se localiza entre 6,5 e 10 mil anos-luz de nosso planeta.
Por meio de uma análise minuciosa do espectro de luz emitido pelo exoplaneta WASP-96b, que orbita a estrela WASP-96, astrônomos puderam constatar a presença de hidrogênio e água no planeta, o que simboliza também um marco para a busca de planetas habitáveis e de vida extraterrestre segundo astrônomos do instituto. O planeta é um gigante gasoso com a massa estimada de 0,48 Júpiter. Estando muito próximo de sua estrela-mãe, localizada na constelação de Fênix a 1120 anos-luz de distância da Terra, o planeta completa uma volta completa ao redor de seu sol em apenas 3 dias e 12 horas, segundo a trasmissão de divulgação dos dados.
No espaço, como a luz viaja com uma velocidade imensa, porém finita, olhar para objetos mais distantes significa olhar também para objetos mais antigos. A luz das galáxias mais distantes (e portanto mais antigas) tendem a chegar para nós na forma de infravermelho, portanto um telescópio bastante sensível à luz infravermelha como o Webb é de vital importância para a investigação do universo primitivo, como ele era a pouco tempo após o Big-Bang, afirmam especialistas no assunto. O Telescópio Espacial James Webb deve continuar investigando o espaço profundo por mais 10 anos.
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