Diário de São Paulo
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Grupos armados ilegais da Colômbia propõem acordo de cessar-fogo com próximo governo

Os grupos, que estão espalhados por toda a Colômbia, são acusados pelo atual governo de assassinar líderes sociais e de atacar militares do país para controlar as plantações de coca

Imagem: Reprodução | Redes Sociais
Imagem: Reprodução | Redes Sociais

G1 Publicado em 22/07/2022, às 08h28


As principais gangues criminosas da Colômbia, que são ligadas à produção e ao tráfico de cocaína, propuseram nesta quinta-feira (21) um acordo de cessar-fogo com o próximo governo do país, do presidente eleito Gustavo Petro, como um ponto de partida para negociações de paz, afirmaram seis grupos em uma nota.
Os grupos, que estão espalhados por toda a Colômbia, são acusados pelo atual governo de assassinar líderes sociais e de atacar militares do país para controlar as plantações de coca --o principal ingrediente da cocaína-- assim como os laboratórios para refino e produção e as rotas de tráfico de drogas.

"Não podemos ser indiferentes ao clamor da sociedade colombiana e o pensamento de seu presidente democraticamente eleito, para atingir a desejada paz e justiça social, entre outras coisas", afirmaram em nota seis grupos armados ilegais, incluindo o Clan del Golfo, os Caparros, e os Rastrojos.

Primeiro presidente de esquerda
Petro, um economista de 62 anos que irá se tornar o primeiro presidente de esquerda da Colômbia no dia 7 de agosto, propôs negociar com grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas durante sua campanha.
Alvaro Leyva, escolhido por Petro para ser seu ministro de Relações Exteriores, disse a jornalistas que a paz com todos os grupos ilegais armados é uma das propostas do presidente eleito para chegar à "paz total".
Os grupos criminosos, que segundo fontes de segurança acumulam cerca de 2 mil combatentes armados, estão dispostos a coordenar o cessar-fogo logo após a posse de Petro, afirma a nota.
Petro, que irá buscar aprovação no Congresso colombiano para projetos socioeconômicos ambiciosos para combater a pobreza e a desigualdade, espera consolidar a paz no país, que sofre por quase seis décadas com conflitos armados internos.

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