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Argentina

FMI libera empréstimo bilionário à Argentina

O FMI, por sua vez, espera que as reservas externas líquidas da Argentina atinjam US$ 10 bilhões até o final do ano

Javier Milei. - Imagem: Reprodução | Twitter - Juan Mabormata
Javier Milei. - Imagem: Reprodução | Twitter - Juan Mabormata

Marina Milani Publicado em 02/02/2024, às 07h49


O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um desembolso de US$ 4,7 bilhões para o governo do presidente argentino Javier Milei, em consonância com um programa refinanciado de US$ 44 bilhões, o maior já concedido pelo credor. A decisão da diretoria do FMI ocorreu na quarta-feira, após um acordo alcançado em Buenos Aires no início deste mês.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, elogiou as medidas adotadas pelo novo governo argentino para restaurar a estabilidade macroeconômica e enfrentar os desafios ao crescimento. Entretanto, ela ressaltou que o caminho para a estabilização continua sendo desafiador.

O desembolso aprovado pelo FMI superou as expectativas iniciais, proporcionando ao presidente Milei maior flexibilidade para cumprir os pagamentos da dívida com o Fundo. Isso permitirá ao governo argentino decidir se prossegue com o programa atual ou se buscará negociar um novo acordo.

Recentemente, o presidente Milei retirou algumas medidas de austeridade significativas de um pacote de reforma abrangente, visando apaziguar legisladores. Apesar disso, o ministro da Economia, Luis Caputo, assegurou que a Argentina cumprirá sua meta de "déficit zero". O FMI, por sua vez, espera que as reservas externas líquidas da Argentina atinjam US$ 10 bilhões até o final do ano.

Embora o FMI tenha expressado seu apoio, o Fundo revisou para baixo suas estimativas de crescimento para a Argentina, prevendo uma contração de 2,8% no PIB em razão do aumento da inflação. O presidente argentino tem defendido um "ajuste significativo de políticas" para lidar com os desafios econômicos do país.

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