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Equador adota medidas após assassinato de candidato à presidência

O candidato à presidência Fernando Villavicencio foi brutalmente assassinado na noite passada

Fernando Villavicencio - Imagem: Reprodução | YouTube
Fernando Villavicencio - Imagem: Reprodução | YouTube

Marina Roveda Publicado em 10/08/2023, às 08h43


O governo do Equador decretou estado de exceção no país nesta quinta-feira (10) após o assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio na noite anterior. O segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto foi morto com tiros na cabeça após um comício na capital, Quito. Pelo menos outras 9 pessoas ficaram feridas, incluindo uma candidata ao Parlamento e dois policiais. Um suspeito do atentado foi morto em um tiroteio com seguranças, e seis pessoas foram detidas, de acordo com as autoridades.

Villavicencio, candidato dos movimentos de centro 'Construye' e 'Gente Buena', já havia relatado ameaças contra ele e sua equipe de campanha. O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, atribuiu o ataque a membros do "crime organizado" e alertou que os responsáveis enfrentarão "todo o rigor da lei". Por enquanto, as eleições estão mantidas para o dia 20 de agosto, e Lasso decretou estado de emergência por 60 dias, permitindo a presença militar nas ruas. Também foi decretado um luto nacional de três dias.

"Este é um crime político que tem caráter terrorista, e não temos dúvidas de que o assassinato seja uma tentativa de sabotar o processo eleitoral", afirmou o presidente em exercício. Villavicencio era jornalista, já foi deputado e estava concorrendo à presidência juntamente com outros sete candidatos nas eleições gerais antecipadas no Equador, um país muito afetado nos últimos anos pela violência ligada ao narcotráfico.

"A data das eleições previstas para 20 de agosto permanece inalterada", declarou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, em um comunicado conjunto com Lasso, após uma reunião do gabinete de Segurança e altos funcionários de outras instituições do Estado, que se estendeu até a madrugada desta quinta-feira. Ela acrescentou que as Forças Armadas e a Polícia intensificarão a segurança para garantir que as eleições ocorram "com garantias de escolha livre, paz e segurança".

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