Diário de São Paulo
Siga-nos
Desigualdade social

Coreia vai banir casas de porão no estilo de "Parasita"

As chamadas "banjihas" são símbolo da desigualdade social da Coreia do Sul, que sofreu, em Seoul, com a tempestade mais forte nos últimos 115 anos

Coreia vai banir casas de porão no estilo de "Parasita" - imagem: reprodução Instagram @parasitemovie
Coreia vai banir casas de porão no estilo de "Parasita" - imagem: reprodução Instagram @parasitemovie

Fernanda Viana Publicado em 15/08/2022, às 15h55


O governo sul-coreano anunciou a eliminação gradual dos apartamentos localizados no subsolo da cidade, após a morte de quatro pessoas afogadas dentro das casas durante as tempestades que assolaram a capital, Seoul.

A tempestade que atingiu a cidade foi considerada a mais forte em 115 anos e matou 11 pessoas e deixou outras 8 desaparecidas. Duas irmãs de 40 anso e uma adolescente de 13 morreram no apartamento subterrâneo após a pressão da água impedir a evacuação das mulheres no distrito de Gwanak.

As casas porão, chamadas "banjiha", geralmente são ocupadas por pessoas de baixa e formam 5% de todas as residências de Seoul. A moradia se tornou o símbolo da crescente desigualdade social na Coreia do Sul.

Após protestos pela melhoria da qualidade de vida e segurança da populaçãoo governo de Seoul interrompeu a cessão de licenças para a construção das banjihas.

"À medida que as chuvas se tornam mais fortes e mais frequentes como resultado das mudanças climáticas, a cidade deve embarcar em uma mudança fundamental de sua abordagem aos moradores do semi-subsolo", disse a Coalizão de Cidadãos pela Justiça Econômica em comunicado publicado no jornal local Korea Herald.

Sob a nova regra, os proprietários terão de 10 a 20 anos para converter a moradia para uso não residencial. Sob nova regra, os proprietários terão de 10 a 20 anos para converter a moradia para uso não residencial.

As habitações ganharam grande repercussão após o filme "Parasita", de 2020, expor as condições precárias da classe baixa sul-coreana, o que fez com que a população exigisse uma revisão da política habitacional do país.

Compartilhe  

últimas notícias