Diário de São Paulo
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Mortes no morro

Moradores usam velas e cartazes em protesto no Complexo do Alemão após tragédia em operação militar

Com velas e cartazes pedindo justiça, moradores do Morro do Alemão protestam pacificamente

A ação se torna a quarta operação policial mais letal da história do Rio - Imagem: reprodução Instagram
A ação se torna a quarta operação policial mais letal da história do Rio - Imagem: reprodução Instagram

Jair Viana Publicado em 23/07/2022, às 09h26


Um protesto às operações das policias cariocas, que deixaram saldo de 18 mortos, entre criminosos, um cabo da Polícia Militar e duas donas de casa, moradoras da comunidade que não tinham registros criminais, interditou duas faixas da Avenida Itaóca, na altura da Estrada do Itararé, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, na noite desta sexta-feira (22).

Em transmissão ao vivo do jornal Voz das Comunidades nas redes sociais foi possível ver que moradores protestavam pacificamente por volta das 19h. Eles levavam velas e cartazes pedindo paz. A PM estava no local, mas não interferiu na movimentação das pessoas.

As ações da última quinta-feira (21), tinham como alvo uma quadrilha de roubo de veículos.  Durante a incursão, criminosos teriam reagido e dado início a um tiroteio.

A ação se torna a quarta operação policial mais letal da história do Rio. As duas primeiras também ocorreram durante o governo Cláudio Castro: as ações no Jacarezinho deixaram saldo de 28 mortos e na Vila Cruzeiro foram mortas 25 pessoas. A terceira mais letal foi em 2007, quando morreram 19 pessoas em uma ação na Baixada Fluminense.

Segundo o comandante do Batalhão de Operações Policiais (Bope), Uirá Nascimento, entre os homens que entraram em confronto com a polícia estavam criminosos que usavam fardas similares a de policiais civis e militares.

O presidente Jair Bolsonaro, questionado porque não havia se manifestado sobre as mortes no Morro do Alemão, observou que lamentava a morte do cabo da PM. “Era meu irmão”, resumiu. 

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