O Hamas assumiu a autoria dos ataques em Israel que deixou dezenas de mortos e centenas de feridos
Ana Rodrigues Publicado em 07/10/2023, às 11h25
O Hamas assumiu a autoria dos ataques em Israel que deixou dezenas de mortos e centenas de feridos. O grupo é a maior organização islâmica nos territórios palestinos e é considerado terrorista. Desde que Israel proclamou sua independência em 1948, há um disputa por território entre a Palestinae Israel e o Hamas faz frente nessa disputa.
Segundo o G1, o Hamas é a maior organização islâmica nos territórios palestinos. Faz parte de uma aliança regional que inclui o Irã, a Síria e o grupo islâmico xiita Hezbollah no Líbano,que se opõem amplamente à política dos EUA no Médio Oriente e em Israel.
O nome em árane é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Ele é considerado terrorista por Israel e por várias outras nações, como Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido. O grupo não aceita as condições propostas pela comunidade internacional: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.
Na sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. Com a afirmação, a posição passou a ser considerada como antissemita.Na sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. Com a afirmação, a posição passou a ser considerada como antissemita.
Em 2017, o documento foi atualizado, suavizando algumas posições. Nele, os Hamas disse que sua luta não seria contra os judeus, mas sim, contra "os agressores sionistas de ocupação". Em resposta, Israel disse que o grupo estava "tentando enganar o mundo". Naquele ano, o Hamas aceitou formalmente a criação de um Estado palestino provisório em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, algo que é conhecido como linhas pré-1967. Apesar de não reconhecer Israel.
Além de seus dois objetivos principais do estatuto, a organização também se envolveu no processo político. Em 2006, venceu as eleições legislativas e passou a controlar a Faixa de Gaza. Em fevereiro e março de 1996, realizou muitos atentados suicidas em ônibus, matando quase 60 israelenses, em retaliação pelo assassinato em dezembro de 1995, do fabricante de bombas do Hamas, Yahya Ayyash.
Para muitos, os atentados foram responsáveis por afastar israelenses do processo de paz e levar Benjamin Netanyahu, um grande oponente dos chamados "Acordos de Oslo", ao poder naquele ano.
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