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"Um sorriso quebra tudo". Bruno Sutter fala com o Diário de São Paulo

Bruno Sutter. - Imagem: Reprodução | YouTube
Bruno Sutter. - Imagem: Reprodução | YouTube

Marcelo Emerson Publicado em 27/10/2022, às 11h22


Na coluna desta semana, vou compartilhar com vocês os melhores momentos de um bate-papo que tive com o músico, ator e comediante Bruno Sutter, que atingiu notoriedade como integrante da trupe humorística Hermes & Renato. Dos quadros transmitidos pela MTV em seus melhores tempos, um deles criou vida própria: a banda cômica Massacration, que fazia paródias sob padrões musicais, líricos e estéticos do “heavy metal”. O sucesso foi tão grande que até hoje há turnês da banda ou do seu vocalista, Detonator, em carreira solo.

Comecei a entrevista perguntando se ele se incomodaquando fãs o abordam sempre esperando ouvir uma piada

“O humor faz parte de mim”, respondeu Bruno Sutter. “Eu já tentei ser uma pessoa que se leva a sério, mas não dá. Eu sempre fui meio idiota mesmo, fazendo brincadeiras (risos). Então, eu tenho que entender e levo com muita naturalidade quando percebo que a pessoa está entrando num papo querendo zoar, eu vou fazendo uma transição para isso e sempre vou acabar fazendo uma piada também. E eu consigo conciliar minhas duas paixões, música e humor, no meu jeito de viver”.

Apesar de todo o bom humor, até hoje há quem o critique por debochar de um estereótipo do de música pesada.

Bruno Sutter encara tais críticas com naturalidade. “Eu vejo essas críticas até de uma maneira inocente. Nunca levei a sério esse tipo de crítica. Primeiro, porque quando você se destaca na mídia ou no mundo corporativo, você vai ser alvo. Prego que se destaca toma martelada. Que bom que a gente recebe críticas, porque a gente é notório. E também porque eu tenho muito orgulho do trabalho que eu faço com o Hermes & Renato/ Massacration”

Para evitar uma certa repetição nas piadas do Massacration, Bruno Sutter levou o personagem Detonator por outros caminhos

“As coisas que eu faço com o Detonator hoje em dia tem uma pegada mais infanto-juvenil. Os últimos trabalhos que eu fiz foram dedicados às crianças. Quando veio a pandemia eu fiz algumas músicas conscientizando as crianças a estudar, lavar as mãos. É algo como rock para as crianças. O disco Metal Metalino, que são músicas natalinas com abordagem de heavy metal. E O Arraial do Metal, que é o mesmo com músicas de festa junina”.

É inegável que Bruno Sutter conseguiu sucesso em seus próprios termos, o que não significa que não enfrente desafios sendo um artista de rock num país que não tem essa expressão artística no topo das paradas. Mas ele já desenvolveu uma atitude para enfrentar críticas e obstáculos: “Um sorriso quebra tudo. Eu aprendi isso com o David Lee Roth (ex-vocalista da banda Van Halen), quando eu fui participar do [Festival] Live & Louder. E eu vi ele quebrando [a resistência] das pessoas com um sorriso. O cara andando e mandando um sorrisão para as pessoas e você via uma aura no cara. Então caiu a ficha para mim que ser um artista de rock não é ter a cara fechada, impondo respeito. O cara conseguia impor respeito com um sorriso”.

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