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"Era muito acolhedor": Leather Leone fala com o Diário de São Paulo

Leather Leone. - Imagem: Acervo Pessoal
Leather Leone. - Imagem: Acervo Pessoal
Marcelo Emerson

por Marcelo Emerson

Publicado em 04/05/2023, às 08h45


A música é uma importante ferramenta para a manutenção da saúde mental. Cada indivíduo escolhe os gêneros musicais que melhor se amoldam ao gosto pessoal. Diferentes tipos de música podem contribuir para a busca do equilíbrio emocional.

Este colunista conversou com uma das mulheres pioneiras do gênero heavy metal, Leather Leone. A cantora de Rochester, Nova York, começou a carreira no início dos anos 80 na banda Rude Girl, mas obteve maior reconhecimento na banda Chastain. Atualmente, Leone acabou de lançar o terceiro álbum de sua carreira solo, intitulado “We are The Chosen”, composto em parceria com o guitarrista Vinnie Tex durante a pandemia (o disco foi lançado no Brasilpela Classic Metal Records).

Convidei uma amiga, a estudante de jornalismo Gabi Alves, para bater um papo com a Leather Leone. Gabi Alves perguntou: “Grande parte da minha geração está ligada a outros gêneros musicais, mas o heavy metal também tem sua importância e significados. Então, o que você acha que fez você se concentrar nesse tipo de música e o que você diria para inspirar as novas gerações a curtir e sentir a música pesada?”

Com a simpatia que é tão comum a Leone, a cantora respondeu que: “Fui para a faculdade interessada em teatro e coisas do tipo, mas aquilo nunca era o suficiente para mim. Então, eu comecei a ouvir vozes (risos), como as de Ronnie [James] Dio, Bruce Dickinson, [Judas} Priest. A agressão e a beleza [daquele estilo musical] afundaram na minha alma. Era como uma família. Era muito acolhedor. Todos pensam que nós [fãs de heavy metal] somos esquisitos, mas nós somos os escolhidos [Leone faz referência direta ao título do seu mais novo álbum]. Nós somos lindos, então. [...] Sério mesmo, apenas sente e ouça para gostar de coisas como [Black] Sabbath, Dio Priest clássico. Apenas deixe isso te levar.

Creio que a ideia de convidar a Gabi Alves foi interessante em razão da diferença de gerações e considerando que minha amiga não é uma, digamos, “iniciada” nos assuntos da música pesada, pois uma visão “de fora” pode levantar interessantes reflexões sobre o estado atual da música pesada."

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