por Kleber Carrilho
Publicado em 04/05/2024, às 05h00
Bolsonaro atualmente vive um dilema, que parece difícil de resolver no curto prazo, e vai exigir algo que ele nunca teve: equilíbrio e inteligência estratégica. Isso porque o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, por mais que seja útil para o bolsonarismo, não pode se destacar tanto.
É claro que Bolsonaro precisa de algum nome competente para 2026, porque provavelmente não poderá concorrer. Mas, se tudo der certo, Tarcísio for aprovado como governador e tiver condições de concorrer com Lula na eleição presidencial, o que aconteceria com o futuro político do ex-presidente?
Imaginemos um cenário em que Tarcísio vai para a urna e ganhe de Lula. Para que ele precisaria manter Bolsonaro como o grande líder? Provavelmente, o ideal seria dizer para todos da gratidão, do respeito, da dívida, e deixaria o já idoso ex-presidente ser um senador por algum Estado importante, como São Paulo ou Paraná. No Senado, Bolsonaro terminaria seus dias fora dos holofotes, tentando retomar a importância perdida.
Isso quer dizer que, no fundo, Bolsonaro quer que Tarcísio continue feliz em São Paulo e tente a reeleição. Assim, com um candidato não tão forte em 2026, que pode ir para o segundo turno contra Lula, mas não ganhar, o caminho ficaria livre para Bolsonaro voltar para a disputa em 2030, e suceder Lula.
Porém, se Tarcísio for governador por dois mandatos e for aprovado, quem estará maior em 2030, Tarcísio ou Bolsonaro? De novo, uma complicação para continuar como o maior liderança nacional à direita.
É justamente por esse temor que, mesmo que fale bem de Tarcísio, as turmas bolsonaristas nas redes sempre se lembram do passado dele, de que teve cargo de confiança no governo Dilma, que teve boas relações com o PT, inclusive estando próximo a se filiar ao partido, e que tem sido visto muito ao lado de Lula.
Esta é a forma de manter a possibilidade de crise sempre próxima do governador, mostrando que direita raiz mesmo é Bolsonaro. O que não impede, é claro, que uma aprovação o leve naturalmente a ocupar o lugar de liderança, como uma versão mais light, mais racional e principalmente mais propositiva do que o ex-presidente.
É por isso que Tarcísio tem insistido em construir marcas, seja na privatização da Sabesp, na condução firme (e questionável) da segurança pública, inclusive criando personagens que podem ser a presença dele nas eleições municipais deste ano.
Sem muito estardalhaço, em algumas cidades, Tarcísio e Bolsonaro terão candidatos a prefeito diferentes. E isso vai ser fundamental para que, no futuro, a aliança seja rompida. Se pensarmos que Bolsonaro não tem nada, além do próprio radicalismo, para comunicar como conquista de seu governo, dificilmente ele vai conseguir ser um nome competitivo para a Presidência em 2030.
Para Bolsonaro, a única saída é a derrocada, no tempo certo, da imagem de Tarcísio de Freitas. E, nisso, as redes bolsonaristas são muito competentes. Veremos o que vem por aí.
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