por Kleber Carrilho
Publicado em 04/02/2023, às 09h23
Eleito no final de outubro, o mandato de Lula começou, mesmo que não oficialmente, no dia seguinte. Como primeiro passo, definiu uma equipe de transição enorme, que conseguiu algum acesso aos dados do governo “saínte”, como definiu o vice Alckmin, e já começou ali o discurso de que teria uma “herança maldita”.
Em várias áreas, acredito mesmo que essa herança existe. Na área social, na Educação e na Cultura, além de investimentos pouco competentes da gestão anterior. Portanto, vai ser essencial reestruturar alguns espaços que foram negligenciados por Bolsonaroe seu governo.
Lula, ainda antes da posse oficial, conseguiu uma Emenda Constitucional para ter dinheiro e cumprir promessas, manteve Arthur Lira por perto, mostrando que, embora o considerasse o melhor nome para a continuidade na Câmara, também esperava uma fidelidade que garantisse a estabilidade.
No Senado, a conversa com Rodrigo Pacheco, do PSD de Kassab, foi interessante, mas não conseguiu chegar perto do bolsonarismo ideológico, principalmente pelas esperanças de que, com um presidente alinhado com o ex-presidente da República, a Câmara Alta pudesse começar a propor processos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.
O 8 de Janeiro, visto como um momento de grande ameaça à democracia, apareceu na hora certa para Lula conseguir agitar a Segurança Pública do Distrito Federal e também definir com clareza o comando das Forças Armadas.
Portanto, agora, por mais que tenhamos diversos problemas ocorrendo no país, Lula conquistou uma possibilidade de liderar o governo e colocar em prática várias das suas propostas, tudo com certa estabilidade.
Então, é hora de cobrar, criticar, apontar os erros, porque chegou o momento de trabalhar. As ameaças, que até agora foram contornadas de forma competente, tendem a ficar no passado, o que traz uma obrigação para o governo de pautar a agenda nacional, que reflete na imprensa tradicional e nas redes.
É hora de saber se haverá competência da equipe definida por Lulapara trabalhar em várias frentes urgentes, como a situação dos povos indígenas, da mineração, da extração de madeira ilegal e da tentativa de expansão da fronteira agrícola.
Mas, pelo que é possível notar, muita gente está batendo cabeça para encontrar os bolsonaristas nos cargos e substituí-los. Se isso não acontecer rapidamente, é o maior risco que o governo do presidente Lula corre. Com pessoas que podem atrasar as agendas, causar escândalos na gestão federal e mesmo ameaçar com violência física, as coisas podem dar errado. Repito, então, que é hora de diminuir os discursos e começar a trabalhar, tendo os outros Poderes da República como aliados.
Portanto, com o cenário dado, a pergunta do momento é: o que Lula vai fazer?
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