por Kleber Carrilho
Publicado em 15/04/2023, às 11h41
Enfim, lá se foram os 100 primeiros dias do governo Lula3. E, por mais que tentemos, é impossível definir o que foi esse período de forma simples e direta. Afinal, foram tantas as pressões que, mesmo com a capacidade de observação e a experiência que o presidente conseguiu nos dois mandatos anteriores, muito do que aconteceu foi com certeza diferente do que ele esperava.
Em uma análise simples, para caber neste espaço, dá para dizer que o governo se dividiu em dois: de um lado, os que foram apagar os incêndios, trabalhar para tentar resolver o que não pode ser adiado; de outro, os que ainda não entenderam a diferença entre o discurso e a prática de um papel no Poder Executivo.
Do primeiro lado, na minha percepção, estão os ministrosque mais se destacam, além do próprio presidente. Fernando Haddad, na Fazenda, com erros e acertos, conseguiu acalmar os adversários e os aliados até agora, equilibrando-se entre os ataques do mercado e do fogo amigo; José Múcio, na Defesa, está dando conta do seu papel, apesar de tantas críticas de quem, de ambos os lados, gostaria de ver o circo pegar fogo; Flávio Dino, na Justiça e Segurança Pública, parece ter se recuperado do susto inicial e vem trabalhando de forma ativa e contundente; Geraldo Alckmin, que, além de ser vice, acumula o Desenvolvimento, Indústria e Comércio, dá sinais claros que quer passar para a fase de planejamento do futuro, com conversas que mantêm o governo em contato com empresários que não estavam tão dispostos a apoiá-lo; Luiz Marinho, no Trabalho, está colocando o dedo na ferida e buscando soluções essenciais para ontem, como na conversa com áreas produtivas em que ainda há trabalho análogo à escravidão e com as empresas de aplicativos de transporte e de entregas; e Eliseu Padilha, das Relações Institucionais, tem feito o trabalho de equilibrar o governo e um Congresso que foi eleito para não dar folga a qualquer projeto progressista.
Claro que tem mais gente trabalhando, em outros níveis do governo, mas olho para esses como quem mais apareceu até agora no trabalho do dia a dia. Prefiro não destacar quem está na segunda categoria, dos que estão ainda na fase do discurso, sem muita ação, porque teve gente que pegou estruturas desmoronando, e não conseguiu ainda nem sentar na cadeira. Por isso, esses ficam para os 200 dias.
Porém, tem algo mais importante, que é quanto à capacidade de planejamento de ações para o futuro. E aí é que entram as áreas essenciais para isso: Educação, Saúde, Planejamento, Meio Ambiente, Direitos Humanos. Nesses primeiros 100 dias, mesmo sendo pouco tempo, talvez fosse importante termos uma possibilidade de entender aonde quer chegar o governo, e isso não aconteceu.
Aos que acham que o estado anterior das coisas impede que haja um planejamento mais evidente, eu até posso concordar, porém, vale lembrar que essas áreas lidam com as esperanças, fundamentais para manter a coesão social, já tão estressada nos últimos anos. Se não ficar claro, nos próximos meses, quais são as prioridades, os caminhos e o futuro possível aonde este governo quer chegar, muito provavelmente, o Brasil viverá tempos mais tristes do que os que já vimos.
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