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Zanetti e Caio ficam perto das finais da ginástica, e Uchimura cai nas Olimpíadas

Arthur Zanetti abriu o sorriso largo quando recebeu a nota: 14,900 pontos. Era a certeza de que vai brigar pela terceira medalha em Olimpíadas, embora ainda

olimpiadas
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Redação Publicado em 24/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h24


Arthur Zanetti abriu o sorriso largo quando recebeu a nota: 14,900 pontos. Era a certeza de que vai brigar pela terceira medalha em Olimpíadas, embora ainda tenha de esperar mais um grupo de rivais se apresentarem nas classificatórias da ginástica artística, neste sábado. O ginasta de 31 anos foi o destaque do Brasil em Tóquio, e Caio Souza também voou no salto, ficando também bem perto da final do aparelho e do individual geral.

Zanetti está na terceira posição das argolas. Caio é o quarto colocado do salto e o nono colocado no páreo do individual geral, considerando o limite de dois ginastas por país nas finais.

– Agora é chegar na Vila, fazer a parte de recuperação. Óbvio que a gente fica esperando, vendo as notas, mas o mais importante foi o que trabalhei pra isso. Estou muito satisfeito – disse Caio no fim da disputa.

Caio Souza comemora resultados das classificatórias das Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Caio Souza comemora resultados das classificatórias das Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Arthur Nory, por outro lado, acabou fora da final da barra fixa, aparelho em que é o atual campeão mundial. O ginasta de 27 anos comemorou sua prova apesar de ter cometido pequenas falhas de execução, mas depois se decepcionou com a nota 14,133 pontos, já fora do top 8. Nory ficou muito abatido e teve de ser consolado pelo seu técnico, Cristiano Albino.

Francisco Barretto e o jovem Diogo Soares, medalhista das Olimpíadas da Juventude de 2018, completaram a equipe brasileira, que tem chances remotas de ir à final. Diogo, porém, cravou quase todas as suas séries e está na briga por uma vaga nas finais.

– É a minha terceira competição adulta, mas essa aqui não tem explicação. Sempre foi meu sonho, desde os meus 6 anos de idade. É uma felicidade enorme. É um sonho máximo, não tenho nem palavras. A gente treinou bastante pra isso, tentei fazer minha série, aparelho por aparelho, e resultado é consequência – afirmou Diogo Soares.

Diogo Soares pode ir à final do individual geral — Foto: Reuters

Diogo Soares pode ir à final do individual geral — Foto: Reuters

Queda de uma lenda

Uma lenda da ginástica, Kohei Uchimura sofreu uma queda no único aparelho que disputava em Tóquio. Dono de sete medalhas olímpicas (três de ouro) e 21 em Mundiais, ele era um dos favoritos na barra fixa, mas falhou em um voo e foi ao chão. Depois de lidar com muitas lesões durante o ciclo olímpico, o ginasta de 32 anos não conseguiu brilhar em casa.

O Brasil aparelho a aparelho

Domando o cavalo com alças

O Brasil abriu sua participação no aparelho que sempre é seu Calcanhar de Aquiles: o cavalo com alças. A cada apresentação, os brasileiros vibravam por conseguirem passar sem quedas, apesar de algumas falhas de execução. Diogo foi o primeiro (12,800), depois Caio (13,400) e por fim Chico (13,200). Nory nem precisou encarar o cavalo. Foi poupado do aparelho.

O Rei das Argolas

Diogo (13,133) e Chico (13,200) abriram as apresentações do Brasil nas argolas. Caio puxou a nota do time com 14,333. Novamente Nory não se apresentou. Deu espaço para o show de Arthur Zanetti. O campeão olímpico apostou em uma série muito bem executada, apesar de ter uma dificuldade um pouco abaixo dos principais rivais. Mesmo com um pequeno passo na saída, ele conseguiu 14,900 pontos. A terceira maior nota do aparelho depois de duas subdivisões, atrás apenas do chinês Liu Yang (15,300 pontos) e do grego Eleftherios Petrounias (15,333).

Caio voando

O Brasil teve dificuldades no salto com Chico (13,466) e Nory (13,500). Diogo passou bem (14,066). Mas foi Caio Souza que voou. Finalista do aparelho no Mundial de 2018, ele deu um passo na chegada do primeiro salto (14,600) e praticamente cravou o Dragulescu no segundo salto (14,800). Com média de 14,700 pontos, Caio se colocou na briga por uma vaga na decisão do aparelho. Na quarta posição, ele ficou a apenas 0.166 do líder, o armênio Artur Davtyan.

Paralelas

O Brasil teve algumas falhas de execução nas barras paralelas, mas conseguiu melhorar suas notas. Diogo (13,900) e Chico (14,000) abriram o caminho para Caio (14,533).

Francisco Barreto nas barras paralelas — Foto: Reuters

Francisco Barreto nas barras paralelas — Foto: Reuters

O lamento de Nory na barra fixa

A barra fixa era o aparelho mais forte do Brasil, mas as falhas de execução, ainda que pequenas, refletiram nas notas: Diogo (13,233), Chico (13,833) e Caio (13,466). Nory repetiu a série que lhe rendeu o título mundial em 2019, mas cometeu uma pequena falha em um elemento. Ele também deu dois pequenos passos na aterrissagem, mas o ginasta vibrou muito. O semblante mudou quando a nota 14,133 pontos veio. Nory já estava fora do top 8, fora da final. Ficou muito abalado e teve de ser consolado pelo técnico.

Arthur Nory nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Arthur Nory nas Olimpíadas — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Solo


O Brasil fechou sua participação no aparelho que teve seu melhor resultado na Rio 2016, com a dobradinha de Diego Hypolito (prata) e Nory (bronze). Diogo foi o destaque brasileiro no solo com uma série cravada e a nota 14,200 pontos (9,000 de execução). Caio também conseguiu uma boa nota para praticamente se garantir na final do individual geral (13,966). Chico conseguiu 13,000 e Nory sofreu uma queda na sua última acrobacia e fechou com 12,800 pontos.

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Fontes: Ge

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