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UFC: Nina adota nome de Amanda Nunes antes de luta contra Dern

Não estranhe neste sábado quando Bruce Buffer anunciar Nina Nunes no octógono contra Mackenzie Dern, pelo UFC Vettori x Holland, em Las Vegas. A adversária da

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Redação Publicado em 09/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h00


Antes conhecida como Nina Ansaroff, americana revela complicações pós-parto, comemora retorno ao octógono e luta entre mães contra Mackenzie: “Alcança outro público”

Não estranhe neste sábado quando Bruce Buffer anunciar Nina Nunes no octógono contra Mackenzie Dern, pelo UFC Vettori x Holland, em Las Vegas. A adversária da brasileira-americana é a mesma Nina Ansaroff, quinta colocada do ranking peso-palha do Ultimate.

A mudança em relação à lutadora que entrou no cage pela última vez em junho de 2019 contra Tatiana Suarez é que ela agora é mãe – deu à luz a pequena Raegan há pouco mais de seis meses – e decidiu adotar o sobrenome da esposa, a multicampeã Amanda Nunes.

É um reconhecimento da parceria da “Leoa” num momento muito feliz, mas também difícil da vida e carreira de Nina. A americana revelou ao Combate que, apesar de a gravidez ser um sonho seu e que ela estava determinada a retomar a carreira após dar à luz, sofreu complicações pós-parto e se sentiu perdida distante dos treinos e lutas.

– Minha gravidez, não curti tanto quanto poderia, não comi por duas, porque sabia que precisava bater 52,2kg em algum momento. Fiz dieta durante a gravidez, fiz exercícios. Meu parto foi bem difícil, tive que tirar umas quatro semanas para me recuperar, pois tive cortes, tomei muitos pontos, perdi muito sangue, tive infecções, tive que voltar ao hospital… Muitas coisas pra me manter para baixo, e foi mais motivador, “Não, você não vai me parar” – contou Nina.

O apoio de Amanda foi fundamental para que a americana pudesse retornar ao cage. Após vencer Megan Anderson e defender o cinturão peso-pena (até 65,8kg) pela segunda vez em 7 de março (ela também é campeão do peso-galo, até 61,2kg), a Leoa assumiu as rédeas dos cuidados de Raegan, enquanto Nina se preparava para enfrentar Mackenzie.

– Não tivemos ajuda, éramos só eu e ela, fizemos sozinhas. Devíamos ter pedido ajuda, mas queríamos sentir isso, sabe? Nós decidimos ter uma filha. A família dela está no Brasil, meu pai mora perto de nós, mas precisávamos sentir isso. Se tivermos outro filho no futuro, talvez precisemos de mais ajuda, especialmente se eu ainda estiver lutando, mas estou feliz que fizemos assim.

A última vitória de Nina Nunes (dir.) foi sobre a brasileira Cláudia Gadelha, em dezembro de 2018 — Foto: Getty Images

A última vitória de Nina Nunes (dir.) foi sobre a brasileira Cláudia Gadelha, em dezembro de 2018 — Foto: Getty Images

O primeiro compromisso com o sobrenome brasileiro será contra uma lutadora de nome “gringo”, mas dupla nacionalidade: Mackenzie Dern, filha do campeão de jiu-jítsu Wellington “Megaton” Dias, que, apesar de nascida nos EUA, representa o Brasil no octógono. As duas têm em comum o fato de serem jovens mães: Mackenzie deu à luz a pequena Moa há menos de dois anos, em junho de 2019.

O confronto entre elas será apenas o segundo entre mães na história do UFC – o primeiro foi entre Julianna Peña e Sara McMann, em janeiro passado. Nina espera que a ocasião atraia novas fãs para o MMA.

– Entendo totalmente por que algumas mulheres não fariam isso. Entendo como é difícil, como alguém diria, “Esquece, parei de lutar, vou me aposentar”, porque é duro! Mas isso alcança outro público. Um homem vai assistir a uma luta do UFC, porque há mais homens fãs do que mulheres, aí a esposa dele passa e vê duas mães lutando e isso vai fazer da mulher uma fã instantaneamente, porque elas sabem como é difícil ter um filho, imagine treinando e competindo no nível mais alto. Isso é incrível.

A americana está afastada do octógono há 22 meses, mas vinha numa ótima fase antes de ser derrotada numa luta disputada contra Tatiana Suarez. Nesse meio-tempo, Dern engatou uma série de três vitórias consecutivas. Conhecida por seu jiu-jítsu de excelência, a brasileira demonstrou evolução também nas outras áreas do MMA. Apesar disso, Nina Nunes está confiante que tem as ferramentas para vencer neste sábado.

– Ela é uma garota muito dura. Ela absorve muito estrago e não para de andar pra frente, ela tem muita raça, jiu-jítsu de primeira classe. Eu estou pronta em todos os aspectos. Treino jiu-jítsu há 15 anos com outras campeãs mundiais, de outras categorias, homens e mulheres, então não é novidade para mim. Parte do MMA é jiu-jítsu, não é como se eu nunca tivesse visto jiu-jítsu antes. É claro que eu terei de ter um pouco mais de cuidado, estar mais afiada no chão. É um desafio a mim mesma – concluiu.

Serviço do UFC

Combate transmite o “UFC Vettori x Holland” ao vivo e com exclusividade neste sábado a partir das 13h (horário de Brasília). O SporTV 3 e o Combate.com mostram o “Aquecimento Combate” e as duas primeiras lutas ao vivo no mesmo horário; o site acompanha todo o evento em Tempo Real.

UFC Vettori x Holland
10 de abril de 2021, em Las Vegas (EUA)

CARD PRINCIPAL (16h, horário de Brasília):
Peso-médio: Marvin Vettori x Kevin Holland
Peso-pena: Sodiq Yusuff x Arnold Allen
Peso-médio: Sam Alvey x Julian Marquez
Peso-palha: Nina Nunes x Mackenzie Dern
Peso-meio-médio: Mike Perry x Daniel Rodriguez

CARD PRELIMINAR (13h, horário de Brasília):
Peso-leve: Jim Miller x Joe Solecki
Peso-leve: Scott Holtzman x Mateusz Gamrot
Peso-galo: Norma Dumont x Erin Blanchfield
Peso-leve: John Makdessi x Ignacio Bahamondes
Peso-pesado: Yorgan de Castro x Jarjis Danho
Peso-galo: Hunter Azure x Jack Shore
Peso-pena: Luis Saldaña x Jordan Griffin
Peso-meio-pesado: Da Un Jung x William Knight
Peso-meio-médio: Impa Kasanganay x Sasha Palatnikov

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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