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UFC: Durinho admite “malandragem” em vitória sobre Thompson

A plateia que lotou a T-Mobile Arena para assistir ao UFC 264 no último sábado ficou mal acostumada com grandes nocautes e combates insanos por toda a noite.

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Redação Publicado em 13/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h45


“Nem sempre dá para nocautear ou finalizar”, explica brasileiro, que foi vaiado por atuação estratégica, mas nem ligou: “Antes era o maior silêncio no Apex, pode vaiar”

A plateia que lotou a T-Mobile Arena para assistir ao UFC 264 no último sábado ficou mal acostumada com grandes nocautes e combates insanos por toda a noite. Por isso, quando Gilbert Durinho fez uma luta estratégica contra Stephen Thompson, por vezes “amarrando” o carateca sem vergonha nenhuma, as vaias vieram com força.

Após ser anunciado vencedor por decisão unânime dos juízes, Durinho esboçou um pedido de desculpas pela tática segura e por não se arriscar mais, como a torcida gosta. Mas aí, lembrou que no último ano fez três lutas com portões fechados por causa da pandemia da Covid-19 e resolveu deixar a galera à vontade para se expressar.

– Eu estava amarradão de estar de volta, ganhando a luta contra um cara duríssimo, sabia que talvez a luta ficasse um pouquinho amarrada. Sei lá, alguma hora pensei que estava no Brasil e estava querendo torcida, e ficou aquele negócio… Aí quando eu vi que pedi desculpa, (pensei) pedir desculpa por quê? Pode vaiar aí, está irada a torcida! Antes era o maior silêncio no Apex, pode vaiar, estou amarradão! – riu o peso-meio-médio brasileiro em entrevista ao Combate.

Durinho admitiu que esperava que talvez precisasse apelar para uma luta mais segura contra Thompson, um carateca de movimentação nada ortodoxa e nocauteador. O americano acertou alguns bons golpes que balançaram o brasileiro, incluindo um chute rodado no segundo round, e Gilbert usou sua principal arma, o jogo agarrado. Ele controlou bem no solo, mas não conseguiu finalizar o adversário.

– (O chute rodado) Foi a única hora que assustou, mas fora isso, lutei bem inteligente. Sabia a hora que tinha que derrubar, sabia se “putz, ele está ganhando este round, está na hora de virar”. E usei a malandragem de jiu-jítsu de competição pra caramba, às vezes a gente tem que ganhar. Não vai dar pra finalizar toda luta, não vai dar pra nocautear toda luta. Tem horas que tem que usar a malandragem.

Gilbert Durinho com a esposa, Bruna, e os filhos após a luta — Foto: Evelyn Rodrigues

Gilbert Durinho com a esposa, Bruna, e os filhos após a luta — Foto: Evelyn Rodrigues

Sobre o momento em que esteve em maior perigo na luta, o chute rodado acertado por Thompson, Durinho disse que lembrou da vitória do adversário sobre seu amigo e companheiro de equipe Vicente Luque, na qual esteve como córner. Dali, tirou as coordenadas para evitar que “Wonderboy” se aproveitasse.

– Perdi as pernas um pouquinho, mas voltei. E ali lembrei da luta do Vicente na hora, teve uma hora que ele deu uma balançada e o Vicente ficou fintando com a guarda alta e ele não veio tanto. Fiquei ouvindo o córner, lembrei do Vicente, de ficar com a guarda alta, ativado. Aí os caras (disseram), “Finta que ele não vai entrar não”, fintei e ele parou de me dar aquele calor e me recuperei bem – explicou.

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Fontes: G1 – Globo.

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