Sylvinho cita expulsão injusta de Fagner e promete rever esquema e escalação do Corinthians

Técnico admite que duelo contra Atlético-GO é “difícil” para ser revertido

Técnico do Corinthians, Sylvinho foi à sala de imprensa da Neo Química Arena explicar a nova derrota para o Atlético-GO, agora pela terceira fase da Copa do Brasil, por 2 a 0, na noite desta quarta-feira. Realista, o treinador admitiu a chateação com o resultado e ponderou ter considerado injusta a expulsão de Fagner.

– Uma partida que foi decidida muito rápida, dez minutos o primeiro gol e depois com vinte o segundo. Uma insatisfação bem grande, inclusive por performance, isso complicou o jogo. É um adversário fechado, com transições rápidas, e proporcionamos isso. Chateado, mas em busca do ideal, do time. Foram oito dias de bons trabalhos, vamos continuar fazendo, crescendo e buscando a solução, o melhor para o Corinthians. A eliminatória não está fechada, está aberta. Óbvio que tem uma boa vantagem, somos realistas, mas vamos jogar – analisou o técnico.

– A estratégia caiu um pouco. Preferimos não mudar no intervalo, o time teve um pequeno ganho na volta, mas depois o Fagner foi expulso injustamente. Comprometeu o resto do jogo – ponderou.

Sylvinho em Corinthians x Atlético-GO — Foto: Marcos Ribolli

Durante a entrevista, Sylvinho admitiu rever não só o esquema tático com quatro defensores, mas também as peças que vêm sendo escaladas pelo técnico. Em sua apresentação como técnico, ele chegou a dizer que dominava o sistema com quatro defensores e não com três.

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– Primeiro, quando se fala domínio, é óbvio que não é um tipo de soberba. Até porque você pode dominar um sistema muito bem, mas quem efetua são os atletas. Vou rever qualquer situação, seja de atleta ou sistema. O de três não é nem mais ofensivo, nem mais defensivo, serve para equilibrar. Pode ser muito defensiva ou muito ofensiva. Temos que buscar o equilíbrio do time. Não vou entrar em trabalhos anteriores, temos que respeitar todos que buscavam uma solução, e vamos buscar a nossa. O Corinthians já jogou em linha de quatro, de três, não teve muito sucesso em ambas, e temos que buscar a solução, que nem sempre está no tático. Tem a técnica, estado de espírito, gerenciamento, escolha de atletas, tem todo um link.

Com a derrota, o Corinthians precisa vencer o Atlético-GO por três gols de diferença na próxima quarta-feira, em Goiânia, para avançar às oitavas de final da Copa do Brasil no tempo normal. Vitória por dois gols leva a decisão para os pênaltis.

Antes, o Timão tem compromisso no domingo contra o América-MG, às 16h (de Brasília), pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, no Independência.

Melhores momentos de Corinthians 0 x 2 Atlético-GO pela terceira fase da Copa Brasil

Veja outros pontos da entrevista coletiva do técnico Sylvinho:

Ideia de jogo
– Era ter um centroavante não fixo. Até porque no último jogo, o Gustavo não é um centroavante, tem mais profundidade. A ideia hoje era cobrir o espaço com o Luan, ter mais mobilidade, e ter o Gustavo na direita. A partir do momento que você toma o gol, o adversário abaixa suas linhas mais ainda. Ficaram difíceis as pontas. O Vital e o Gustavo tinham que fazer a jogada contra dois atletas.

Ramiro de saída
– O Ramiro tem contrato com o clube. Qualquer atleta que tenha contrato, não vou desprezar. Vou continuar usando enquanto ele estiver aqui, temos muitos jogos.

Demora para mexer no time
– Eu também não gostei do primeiro tempo, sai insatisfeito com tudo. Mas eu tenho que tomar cuidado para tentar potencializar o time e não piorar. Tínhamos algumas alternativas, sabíamos que o adversário ia colocar esses vinte metros mais para trás. Teve a entrada do Gabriel, e conseguimos manejar o Araos para um dos lados. O adversário diminuiu suas linhas, gosta de jogar em transições, e assim o fez. Nós tentamos o Araos aberto. Depois uma outra substituição. Mas depois com a expulsão tivemos mais dificuldades. Queríamos fazer um gol, mas preocupados em manter o resultado mais próximo daquilo que era o empate. Isso levou as poucas substituições. Com um a menos muda o plano de estratégia.

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Está menos otimista?
– O meu discurso é o mesmo. Não sou nem otimista, nem pessimista, sou realista e esperançoso. Esse é meu trabalho, o trabalho do líder, eu entendo dessa forma. Os meus atletas já sabem: a competição é difícil, mas é muita equilibrada. A diferença em ganhar ou perder está nos detalhes. Hoje teve a expulsão, que condicionou o segundo tempo, não o resultado. Tenho que dizer, compromete. Mas no primeiro tempo tivemos oportunidades e não fizemos. São detalhes. Volto a dizer, sou um realista esperançoso.

Vaga ficou difícil?
– Insatisfeito pela performance e muito mais pelo resultado. Somos realistas, claro que dificulta. Dois a zero é difícil, mas estamos no jogo. Existe um equilíbrio, vamos jogar os noventa minutos. Com relação ao elenco, vamos continuar trabalhando sério, estamos alinhado com a diretoria, temos material, e temos material para fazer melhores resultados.

Comportamento defensivo
– Nós compactamos o time. Os demais times são compactados, no Brasil e no mundo. Nós tivemos erros do setor, vamos apurar tudo isso, mas tivemos situações que não foram de boas leituras. O erro acaba sendo coletivo e leva ao gol adversário. Tínhamos ciência da transição rápida, era tudo que não queríamos dar. Isso é trabalho, dedicação e esforço para uma melhora de todos.

Como vai encarar o próximo jogo da Copa do Brasil?
– Nós temos no meio um outro jogo do Brasileiro, vamos trabalhar dentro dele. Volto a dizer, realista, não gostamos do resultado, mas vamos jogar e buscar as situações para reverter. O equilíbrio existe e as condições estão ali, vamos jogar.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.