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Sylvinho analisa empate do Corinthians e rasga elogios a Róger Guedes: “Bem completo”

Técnico do Corinthians, Sylvinho foi à sala de imprensa da Neo Química Arena para explicar o empate com o Juventude, por 1 a 1, na noite desta terça-feira,

CORINTHIANS
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Redação Publicado em 08/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h53


Técnico do Corinthians, Sylvinho foi à sala de imprensa da Neo Química Arena para explicar o empate com o Juventude, por 1 a 1, na noite desta terça-feira, com gols de Ricardo Bueno e Róger Guedes. O técnico analisou o resultado e fez ponderações.

– O primeiro tempo nosso não foi bom. Muito por conta de uma eficiência da parte defensiva do adversário. Com relação a pontuação da tabela e jogos que saímos melhor, para mim é um campeonato muito difícil. Não consigo fazer uma análise dos times para cima ou baixo da tabela e jogos que possam não ser tão duros. Para mim todos jogos são duros e complicados.

– Sabíamos se estávamos alertados que íamos encontrar um Juventude que é a quinta partida que não perde, que está ganhando de adversários que estão em cima da tabela, é um time que tem crescido bastante. Nosso primeiro tempo não foi bom, fomos melhorando no segundo tempo e terminamos melhor – analisou Sylvinho no começo de sua entrevista.

Nos méritos do Juventude citados por Sylvinho, está também a capacidade de fechar espaços na defesa. Renato Augusto e Giuliano tiveram dificuldades com as jogadas por dentro em função da marcação vigorosa do adversário.

– O que nós tínhamos previsto para o jogo era estar mais no campo ofensivo, primeiro tempo não foi bom, ao contrário. Mas em decorrência da parte defensiva do Juventude, que foi muito boa. Dobraram a marcação praticamente o tempo todo nos externos, fecharam linha de passe, fizeram marcação alta e de desgaste que dificultou a nossa passagem para o campo ofensivo. Juventude fez um bom primeiro tempo e nos causou dificuldade. No segundo tempo a gente foi tomando mais conta do jogo, se abre mais campo também. Encontramos mais espaços – completou o técnico.

Noite de estreia

Sylvinho também analisou a partida de estreia de Róger Guedes, a quem considera um jogador “bem completo”, que pode exercer várias funções na parte ofensiva do time.

– É um atleta que está conosco treinando há um período de seis, sete dias. Desde a apresentação são dez. O atleta vem de uma inatividade bem longa, mas muito jovem e saudável. Parte da sua característica é o potencial físico. Obviamente técnico, tem gol, diferenciado sim, e ajuda porque tem uma potência física. A construção dele tem sido um pouco mais simples, se colocou à disposição de entrar e jogar. Imaginava que pudesse descoordenar a partir de 70 minutos, mas o atleta deu sinais de continuar fazendo o lado do campo, indo e voltando, se sacrificando na parte defensiva e depois voltando a dar profundidade – analisou.

Róger Guedes comemora gol em Corinthians x Juventude — Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Róger Guedes comemora gol em Corinthians x Juventude — Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

– Foi premiado com o gol, premiou a todos nós com o empate. É um atleta saudável. São atletas que estão chegando, estão qualificando, mas precisam de seu tempo. Ao longo dos treinos e jogos vão respondendo, expectativa que vão respondendo mais. Vão oscilando, vêm de histórias diferentes, uns com mais e outros com menos jogos, potenciais físicos e idades diferentes. Estamos construindo um grupo forte, está buscando seu espaço – completou.

Com o desempenho coletivo, naturalmente, surgem questionamentos sobre possíveis mudanças táticas no time. O técnico foi questionado, por exemplo, se Róger Guedes pode atuar como centroavante da equipe no lugar de Jô.

– Tem capacidade de jogar em uma ou duas funções. Ele começou pela direita a sua trajetória, teve um segundo período pelo lado esquerdo. Quando foi para China, também jogando pelo lado esquerdo, e muitas partidas como atacante. Mas 75% ele não é referência, é um segundo atacante, por trás. É um atleta que pode jogar, sim, pelo lado esquerdo, pelo lado direito, centroavante e segundo homem de ataque. É um atleta bem completo que pode jogar em funções diferentes – ponderou.

O Corinthians volta a campo no próximo domingo, às 18h15, para enfrentar o Atlético-GO, no estádio Antônio Accioly, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Confira outros pontos da entrevista coletiva de Sylvinho:

O que faltou para ter a bola?
– Na fase sem bola, nós também tivemos dificuldade para encaixar no Juventude, que usou essa posse de bola trazendo quase quatro homens no meio, girando, lateral dando projeção maior. Eles ficavam mais com a bola, e a gente estava com dificuldade para retomar. Quando a gente retomava já num plano mais atrasado. Eles tinham uma boa pressão e isso nos causava dificuldade para atravessar o campo. Não é só jogar com a bola. Desde o momento sem bola não fomos agressivos nos primeiros minutos, demoramos para conseguir jogar mais no campo do adversário. O primeiro tempo foi bastante difícil de encaixe e não fizemos um bom jogo, principalmente no primeiro tempo

Parte física dos reforços
– Eu não vou transferir jamais. Sim, são atletas que vêm de uma inatividade grande. Alguns atletas te qualificam muito, mas óbvio que não estão no ápice. É individual, vai formando o grupo. A gente foi sofrendo ao longo dos minutos, mas desde o princípio encaixes, mas ocorre em um campeonato difícil. Vamos buscando essa construção e o melhor time. Temos um elenco qu está qualificando, misturando com atletas jovens que vão continuar tendo protagonismo, outros mais experientes que estão respondendo. Todos vão ter espaço.

Atuação de Luan
– A exemplo do Róger, são atletas que não podemos rotular que joga em uma função. Pode fazer várias funções. Já fez centroavante, o 9 falso, fez hoje essa parte do jogo como meia, pode até vir em um tripé pelos lados. Atleta de qualidade, boa condição técnica. São funções que eles possam exercer. Entendo que são os lugares que pode atuar e ajudar o time.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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