Scarpa se despede do Palmeiras com gol e emoção: "Surreal"

Gustavo Scarpa realizou na última quarta-feira (09) sua última partida pelo Palmeiras. Na despedida, à la Scarpa, com um gol de pênalti e uma atuação de gala, o meia teve uma das experiências mais emocionantes de troca de afeto com a torcida alviverde.

Antes mesmo da bola rolar, o jogador teve o nome cantado por todo o Allianz Parque. Durante a partida, logo aos seis minutos do primeiro tempo, a bola na trave de Scarpa levantou a torcida que, a partir daquele momento parecia só ter olhos para ele.

A cada toque na bola, escanteio, cobrança de falta ou lateral, se empolgava ao gritarem o nome do jogador que fez tanta diferença durante essa passagem pelo Palmeiras.

Palmeiras x Botafogo-SP: confira horário e onde assistir ao jogo da Copa do Brasil

Privatização da Sabesp é aprovada em segunda votação; entenda o que acontece agora

"Eu confesso que hoje foi uma surpresa muito grata, assim, para mim. E receber esse carinho do estádio. A minha despedida foi um negócio surreal, que eu não esperava. Achei que não fosse viver isso", disse o jogador em estrevista para o UOL Esporte.

A partida terminou com a vitória palmeirense, após uma virada diante do América-MG. O gol de empate saiu dos pés do protagonista da noite e ele revelou o que disse na comemoração:

"Ali, eu estava dizendo: 'Deus muito obrigado. Obrigado por tudo que eu vivi aqui. Só gratidão'".

Substituído aos 33' do segundo tempo, Scarpa foi abraçado pelos companheiros de equipe, que não conseguiram segurar a emoção, diferentemente dele, que não esmureceu e se manteve firme até sair de campo.

Como último ato, Scarpa bateu no peito em referência ao escudo do Palmeiras, apontou para a torcida e foi direto para o vestiário, sozinho.

"[Eu corri porque] as emoções começam a ficar, nem sei explicar. Eu estava muito agitado", revelou. "Acabou, mas acabou da melhor maneira possível. Foi a despedida dos sonhos".

De saída para o Nottingham Forest, último colocado do campeonato inglês, o jogador confessou que não se arrepende da decisão de ir para o exterior:

"Confesso que não [bateu qualquer arrependimento], mas não por falta de empatia ou alguma coisa do tipo. É porque eu sou muito convicto das minhas decisões. É um sonho de criança que eu tenho. Então, quando surgiu a oportunidade de jogar a Premier League, eu fui muito sincero com todos no clube", desabafou.