Ricciardo garante não se arrepender de ter deixado RBR em 2019

Antiga equipe do australiano é hoje protagonista da disputa na F1 ao lado da heptacampeã Mercedes; recém-chegado na McLaren, piloto luta para se adaptar na nova equipe

Então companheiro de Max Verstappen na RBR, Daniel Ricciardo decidiu deixar a equipe no fim de 2018, ano em que o título da Fórmula 1 foi disputado pela Ferrari e Mercedes. De lá pra cá, porém, as coisas mudaram; hoje é sua antiga equipe que ocupa os hofolotes ao lado da rival heptacampeã, tendo Verstappen como principal piloto. Apesar disso, o australiano, hoje na McLaren, garante que não se arrependeu da decisão de deixar o time.

– Outro dia me perguntaram: “Parece que a RBR pode lutar pelo título este ano. Você se arrepende de não estar lá?” e “você acha que teria permanecido lá até agora?”. Sem arrependimentos. Mesmo que eu não tivesse saído naquele ano (2018), a essa altura, eu já teria ido embora. Não me via por mais três anos lá – revelou Ricciardo.

O piloto de 31 anos fez sua estreia pela equipe em 2014, ao lado de Sebastian Vettel. Com a mudança do tetracampeão para a Ferrari em 2015, foi Ricciardo quem assumiu o posto de experiência no time, sobretudo com a chegada do então novato Verstappen, no ano seguinte.

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No entanto, a frustração do piloto dentro da RBR e a saída de seu engenheiro Simon Rennie, transferido para a fábrica do time no Reino Unido, o levaram a considerar deixar a equipe pela qual conquistou suas sete vitórias, migrando para a Renault.

O projeto demorou a engatar. Apenas em 2020, nos GPs de Eifel e da Emilia-Romagna, o australiano voltou ao pódio com dois terceiros lugares pela equipa francesa – hoje renomeada como Alpine.

Daniel Ricciardo no pódio do GP de Eifel de 2020 — Foto: Mario Renzi – Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Na atual temporada, a adaptação pela McLaren não tem sido fácil; Ricciardo sofreu com problemas mecânicos na estreia no Bahrein após bater com Pierre Gasly, da AlphaTauri, completando a prova apenas em sétimo.

O australiano ambém fez uma prova discreta em Imola, terminando em sexto lugar contra o terceiro do colega Lando Norris. Apesar disso, ele não esconde as expectativas de sonhar com o título mundial na equipe britânica:

– Sim (é possível). Se a dúvida for “sim” ou “não”, então é sim. Se será este ano, não. Dadas as duas primeiras corridas, estou convencido de que não estou aproveitando ao máximo o carro. Mas ver o que a equipe fez com a estrutura, a estabilidade, deixando todo mundo aqui realmente determinado, me enche de muita confiança para responder sim.

Daniel Ricciardo, da McLaren, no GP da Emilia-Romagna — Foto: Hasan Bratic/picture alliance via Getty Images

Na paz

No GP da Emilia-Romagna, a McLaren pediu que Ricciardo abrisse passagem para Norris. O australiano, que reconheceu ter sido forçado a “engolir o próprio orgulho” na ocasião, disse se ver como único responsável pela ordem de equipe, que acatou por querer evitar atritos no time:

– Claro que o competidor em mim quer ficar sempre à frente, mas, talvez seja uma questão de maturidade, reconheço que não estou rápido o suficiente. Sou meu maior crítico. Na minha cabeça, pensava que se fosse rápido o suficiente, teria ampliado a distância e não estaria naquela posição. Ainda não estou no nível que quero, mas vou encontrar uma maneira de ser melhor, ao invés de me rebelar. Não quero criar qualquer atrito na equipe.

A McLaren segue na terceira colocação do Mundial de Construtores, com 41 pontos. Porém, a situação no campeonato de pilotos é destoante entre a dupla da equipe; Norris ocupa o terceiro lugar, com 27 pontos, 13 a mais que Ricciardo, apenas em sétimo.

Arte de infos e horários do GP de Portugal — Foto: Infoesporte

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Fonte: Ge – Globo Esporte.