Um chocolate. Foi pelo desejo da doce endorfina, que seria distribuída ao final da segunda aula de boxe no campo do Morro do Piolho, comunidade da Zona Sul de
Redação Publicado em 08/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h22
Um chocolate. Foi pelo desejo da doce endorfina, que seria distribuída ao final da segunda aula de boxe no campo do Morro do Piolho, comunidade da Zona Sul de São Paulo, que Mariângela Pereira da Silva descobriu um novo vício – e talento.
Aos 13 anos, a menina, que gosta e sabe “cozinhar, dançar, tricotar, costurar, desenhar”, inicialmente deu de ombros ao convite do ex-boxeador e professor, Guilherme Miranda.
“Achava que era chato, não tive vontade. Aí uma amiga foi e disse que deram chocolate ao final. Eu fui. Hoje eu faço a aula de terça pensando quando vai chegar a de sexta e a do sábado”, revela.
Em julho deste ano, Miranda levou o projeto que já tocava desde o início de 2021, em uma quadra na Vila Ângulo, na Zona Oeste da cidade, no qual oferece aulas de boxe gratuitas para alunos da rede pública e crianças situação de vulnerabilidade social, para a comunidade do Capão Redondo.
Na Zona Sul, não foi apenas em Mariângela que o esporte bateu paixão.
“Hoje a participação das meninas no projeto é muito maior do que de meninos. As meninas têm uma vontade muito maior, dedicação, perguntam”, conta o professor.
Segundo Miranda, das 20 crianças que treinam sempre fixo, 13 são meninas. O interesse surpreendeu até o ex-atleta. “E é muito difícil ainda, principalmente no meio da luta, a maioria ser menina.”
As razões não são únicas ou excludentes, mas há um fator comum: “Elas têm uma preocupação muito maior de se defender que os meninos”, analisa.
No caso de Mariângela, além da autodefesa, a modalidade passou a pavimentar o caminho para conquistar um outro tipo de segurança.
“Me esforço mais. Penso como se isso fosse melhor para meu futuro. Acho que com o boxe eu consigo dar uma casa para minha família”.
A menina conta que treina em casa, gosta de assistir a vídeos de luta, filma os golpes, pede dicas de postura para o professor e fez da cama seu ringue doméstico: “É mais fácil porque se eu cair não machuca”, explica.
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