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Problemas com cordas-guia tiram medalhas dos Brasil em prova que tinha pódio garantido

Os 100m da categoria T11, para deficientes visuais, tiveram o desfecho mais triste e improvável possível para o Brasil. Como o país tinha duas representantes

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Redação Publicado em 31/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h03


Os 100m da categoria T11, para deficientes visuais, tiveram o desfecho mais triste e improvável possível para o Brasil. Como o país tinha duas representantes dentre as quatro finalistas, uma medalha era – teoricamente – garantida, com grande chance de dobradinha pelo desempenho das atletas nas classificatórias.

Mas tanto Jerusa Geber quanto Thalita Simplício acabaram desclassificadas por problemas com as cordas-guia e fora do pódio. O ouro ficou com a venezuelana Linda Perez Lopez, com 12s05, com a chinesa Cuiquing Liu, com 12s15, em segundo lugar.

Jerusa fechou as fases classificatórias como favorita. Atual campeã e recordista mundial da prova, ela venceu todas as baterias que disputou, tendo o segundo melhor tempo, atrás de Thalita, na primeira fase, e o melhor tempo geral nas semifinais (12s26).

Chovia muito na hora da final, com a raia da chinesa aparentemente sendo a mais prejudicada pelo acúmulo de água. Mas, uma vez dada a largada, Jerusa logo ficou para trás. A cordinha que a ligava ao guia Gabriel Garcia arrebentou, e ela ficou sem referência na raia. Foi reduzindo as passadas até desistir. Sentou na pista e chorou demais, desolada.

Corda-guia de Jerusa arrebenta logo no início da prova dos 100m — Foto: Wander Roberto /CPB @wander_imagem

Corda-guia de Jerusa arrebenta logo no início da prova dos 100m — Foto: Wander Roberto /CPB @wander_imagem

Thalita cruzou em terceiro lugar, atrás da venezuelana e da chinesa. Mas logo após o fim da prova veio o anúncio de que ela, assim como a compatriota, também havia sido desclassificada. O guia Felipe Veloso soltou a cordinha praticamente na linha de chegada. O Brasil chegou a protestar num primeiro momento, mas acabou acatando a decisão da organização da prova ao confrontar as imagens.

Thalita Simplício é desclassificada por fita-guia se soltar no último metro dos 100m T11 – Paralimpíadas de Tóquio

Rayane da Silva termina em oitavo lugar na final dos 100m T13 – Paralimpíadas de Tóquio

O Brasil também ficou sem medalhas nos 100m feminino da classe T13, para atletas com baixa visão. Rayane Soares da Silva terminou em oitavo e último lugar com 12s52. A vencedora foi a espanhola Adiaratou Forneiro, com 11s96. Lamiya Valiyeva, do Azerbaijão, e a americana Kym Crosby completaram o pódio.

Quem também terminou em oitavo foi Vanessa Cristina de Souza nos 1.500m T54, para cadeirantes. A brasileira completou o percurso em 3min30s55. Zhaoqian Zhou, da China, foi ouro com 3min27s63, com a suíça Maunela Schaer em segundo, e a australiana Madison Rozario em terceiro.

Vanessa Cristina termina em oitavo e fica fora do pódio nos 1500m feminino T54 – Paralimpíadas de Tóquio

Na final do salto em altura masculino da classe T42, para atletas com deficiência nos membros inferiores, o brasileiro Flávio Reitz terminou na sexta colocação, com 1,77m. O campeão foi o americano Sam Grewe, com 1,88m. Os indianos Mariyappan Thangavelu, com 1,86m, e Sharad Kumar, com 1,83m, foram prata e bronze, respectivamente.

Também teve Brasil nas eliminatórias dos 400m T12, para deficientes visuais. Fabrício Ferreira fez 52s42, melhor marca dele na temporada, mas não avançou à final. Na mesma bateria dele o americano Noah Malone quebrou o recorde paralímpico cravando 48s50 e avançou com o primeiro lugar geral.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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