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‘No Limite’ do córner: Marcelo Zulu volta ao UFC após reality e vibra com estreia de pupila

Marcelo Zulu está de volta ao córner do UFC. Após fazer sucesso como um dos finalistas do reality show "No Limite", exibido pela TV Globo, o treinador da

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Redação Publicado em 23/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h26


Marcelo Zulu está de volta ao córner do UFC. Após fazer sucesso como um dos finalistas do reality show “No Limite”, exibido pela TV Globo, o treinador da Astra Fight Team retornou a Las Vegas (EUA) na última semana para dar suporte à estreia de Josiane Nunes na organização, com vitória por nocaute no primeiro round que valeu o prêmio de “Performance da Noite“.

O programa teve o último dia de exibição em 20 de julho, mas as gravações terminaram cerca de dois meses antes, e Zulu foi retomando a rotina aos poucos. Animado com a volta ao UFC, o técnico de luta olímpica comenta que Josi superou as expectativas para uma estreia.

– Ela costuma começar um pouco fria, parece que precisa de um “porradão” para despertar a fúria. Pensei que o início seria difícil, até pela envergadura maior da adversária, mas quando chegamos em Las Vegas… ela veio realmente querendo mostrar quem é. Nos treinos, eu estava segurando a manopla e as joelhadas doíam em mim. Se fosse outra lutadora, iria esfriar a luta no final do round, porque estava ganhando. Mas ela foi para cima e nocauteou faltando seis segundos para acabar. Eu já saí falando que levaríamos o bônus – diz Zulu, em entrevista ao Combate.com.

Zulu, que também já havia participado do Big Brother Brasil 4, agora é quase um guia do mundo do MMA no Instagram. Aos novos seguidores que chegaram com o sucesso do programa, pouco ou nada conhecedores do esporte, ele mostra os bastidores de uma academia ou do maior evento do planeta, tal qual explica conceitos básicos das artes marciais, como a divisão do combate na luta em pé, agarrada e de chão.

O treinador de 40 anos comenta que os atletas com quem trabalha atualmente não viram sua carreira vitoriosa na luta olímpica e, por isso, a participação em “No Limite” serviu para referendar sua filosofia de trabalho.

– A minha performance deu uma motivação a mais para a molecada. Eu me senti na obrigação de mostrar que era capaz de ir além. É algo que cobro todo dia dos meus atletas. Quando alguém está “estragando”, eu grito que podem mais. Quando o corpo pifa, o coração sustenta. Mostrei que sigo o que cobro e acho que isso motivou a molecada também.

Mesmo com toda resistência, Zulu teve um choque quando saiu do confinamento e se olhou no espelho pela primeira vez após 26 dias. O corpo de lutador deu lugar a outro de dez quilos a menos, barba por fazer, gengivite latente – os participantes não puderam escovar os dentes no período – e mãos sangrando por alguns cortes no último dia.

– Quiseram chamar até um psicólogo para mim. Para chegar ao ponto de o cara perceber (o seu choque) e perguntar se precisava do psicólogo… Agora recuperei só na barriga, estou “pançudo”. Quando voltar ao Brasil vou começar a “marombar” de novo (risos) – diz.

A principal imagem de Zulu passada nos programas foi a de quem liderou o grupo e orientou os companheiros de equipe a todo tempo. Ele diz que seu “lado palhaço” foi bem mais forte durante o convívio, mas pouco exibido na televisão, embora entenda e até goste do destaque dado pelo programa para sua personalidade forte como líder e instrutor.

Josiani Nunes comemora vitória em estreia no UFC com os treinadores Rafael Waslov e Marcelo Zulu — Foto: Getty Images

Josiani Nunes comemora vitória em estreia no UFC com os treinadores Rafael Waslov e Marcelo Zulu — Foto: Getty Images

De uma forma ou de outra, o certo é que Marcelo Zulu não quer mais experiências como a dos últimos meses para sua vida.

– Foi alucinante, mas só com sensações negativas. Fui por um desafio pessoal, estou muito feliz de ter participado, mas não quero repetir. Quando eu era atleta, dava muita adrenalina antes da luta, mas assim que entrava saía tudo, parecia que estava indo tomar café com minha família. Como treinador é o mesmo. Parece que saiu um peso sinistro das minhas costas depois que a Josi deu aquele “nocautão”. Estou cheio de vontade para as próximas.

Por enquanto, o treinador fica em Las Vegas para auxiliar no córner de Matheus Buffa, no dia 31 deste mês, e de Saimom Oliveira, em 7 de setembro, em combates pelo Contender Series, a série de TV criada por Dana White em busca de talentos. Câmeras ligadas e a ordem é lutar: hora de novos atletas exporem seus limites.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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