Uma das principais estrelas do tênis mundial, a tenista japonesa Naomi Osaka se posicionou em sua conta no Twitter com críticas em relação ao recente aumento de crimes de ódio contra os asiáticos nos Estados Unidos em meio à pandemia de coronavírus.

– Se as pessoas amassem os asiáticos tanto quanto amam chá, anime, mochi, sushi, matcha etc… Imagine lucrar/desfrutar de coisas que vêm de uma cultura e então atacar/diminuir o grupo étnico que a criou – escreveu Osaka, que tem pai haitiano, mãe japonesa e vive nos Estados Unidos desde os três anos de idade.

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, disse na última segunda-feira que está “profundamente preocupado” com o aumento da violência contra asiáticos e pessoas de ascendência asiática desde o início da pandemia. A declaração ocorreu após um tiroteio em Atlanta, em 16 de março, por um suspeito branco, no qual seis das oito vítimas de assassinato eram mulheres de ascendência asiática.

– É muito triste que isso tenha que ser uma hashtag – escreveu Naomi Osaka em sua conta do Instagram, em referência ao #stopasianhate (pare o ódio a asiáticos).

– Deveria ser bom senso, mas parece que o bom senso é incomum neste mundo agora – completou.

Em cada rodada do Aberto de tênis dos Estados Unidos no verão passado, Osaka usou uma máscara com o nome de uma vítima negra da brutalidade policial nos Estados Unidos em apoio ao movimento “Black Lives Matter” e à luta contra a injustiça racial. A tenista japonesa venceu o US Open pela segunda vez em 2020. Em 2021, ela também conquistou o bicampeonato do Australian Open. Hoje, Osaka é a segunda colocada do ranking mundial de tênis.

O primeiro caso de infecção por coronavírus foi relatado em Wuhan, região central da China, no final de 2019. O que teria motivado os ataques xenófobos nos Estados Unidos.

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Fonte: GE – Globo Esporte.