Uma semana depois de afirmar, num texto publicado pela agência Kyodo News, que o Japão está "encurralado" para realizar as Olimpíadas, a ex-judoca Kaori
Redação Publicado em 11/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h48
Uma semana depois de afirmar, num texto publicado pela agência Kyodo News, que o Japão está “encurralado” para realizar as Olimpíadas, a ex-judoca Kaori Yamaguchi – integrante do Comitê Olímpico Japonês (JOC) – defendeu, nesta sexta-feira, que a competição aconteça sem público, nem mesmo torcedores locais. A organização ainda não deciciu se permitirá público japonês nas arenas olímpicas. Certa é a ausência de torcedores de fora do país.
Os organizadores de Tóquio 2020 devem determinar, até o fim do mês, se os Jogos terão público local.
– Há um medo interno se as pessoas começarem a circular pelo Japão novamente e se as infecções se espalharem. Se nós quisermos limitar o vírus e sermos cuidados em relação a isso, diria que devemos realizar Jogos sem público – disse a ex-judoca, medalhista olímpica, em entrevista à agência Reuters.
Yamaguchi é uma das principais críticas em relação às Olimpíadas de Tóquio. Nesta entrevista à Reuters, ela ainda afirmou que o primeiro-ministro Yoshihide Suga e a ministra para as Olimpíadas, Tamayo Marukawa, não explicaram suficientemente à população japonesa por que eles acrediram que os Jogos serão seguros.
– Apesar de o número de infecções ter reduzido, eles pedem às pessoas para terem cuidado e não beber álcool, não sair mas ao mesmo tempo dizem: “Aproveitem as Olimpíadas”. Então, as pessoas ficam confusas com esses padrões diferentes – disse ela.
Até agora, o Japão registrou mais de 760 mil casos de Covid-19, com pouco mais de 13.800 mortes. Apenas 12% da população recebeu, ao menos, uma dose de vacina. Nesta sexta-feira, Tóquio somou 435 casos positivos. O Japão registrou 1.937 casos.
– Não estou dizendo que as pessoas não devem se divertir mas quero que elas tenham isso em mente: ainda não vencemos o coronavírus, ainda corremos perigo. É a mesma lógica do esporte: o risco maior é quando você acha que já venceu. E, no fim, você termina derrotado.
Líder da oposição no Japão, Yukio Edano disse, nesta sexta, que o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e outros dirigentes deveriam ser impedidos de acompanhar os Jogos no país. Ele defendeu que apenas atletas, árbitros e apoio aos atletas deveriam ter permitida a entrada no Japão para evitar uma explosão de infecções pela Covid-19.
– Não deveríamos permitir a entrada de ninguém que não seja absolutamente essencial para o evento – disse ele à Bloomberg.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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