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Galiotte vê Palmeiras equilibrado e resume papel da patrocinadora: “Não quero ficar entre 10º e 15º”

Dois anos depois de ter sido eleito presidente do Palmeiras, em pleito raro de um único candidato, Maurício Galiotte tentará no próximo sábado se garantir no

Galiotte vê Palmeiras equilibrado e resume papel da patrocinadora: “Não quero ficar entre 10º e 15º”
Galiotte vê Palmeiras equilibrado e resume papel da patrocinadora: “Não quero ficar entre 10º e 15º”

Redação Publicado em 20/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h12


Eleição no Verdão: relação com Crefisa e conselheira é principal polêmica da atual gestão

Dois anos depois de ter sido eleito presidente do Palmeiras, em pleito raro de um único candidato, Maurício Galiotte tentará no próximo sábado se garantir no comando do clube em mais uma gestão – que a partir de 2019 será de um triênio.

Antes de os associados definirem entre ele ou Genaro Marino (vice-presidente que se afastou da gestão ainda nos primeiros meses, por discordar da relação com Leila Pereira, dona da Crefisa e que se tornou conselheira do clube), o dirigente fez um balanço de seu mandato, que se aproxima do primeiro título.

E falou também da questão com a patrocinadora.

– O Palmeiras continuaria se não tivesse a fonte de recurso A, B ou C? Claro que sim. O Palmeiras continua. Mas depende de onde a gente quer chegar, depende do plano que a gente tem para o Palmeiras. A gente não quer mais o Palmeiras que fica entre o 10º e o 15º – disse.

– Eu quero o Palmeiras protagonista, um Palmeiras que disputa título, que esteja sempre em evidência. Eu preciso de recursos para isso, que é a base da pirâmide administrativa – afirmou Galiotte.

A Crefisa atualmente paga R$ 6,5 milhões mensais de patrocínio, além de ajudar com parte de alguns salários do elenco e de ter investido R$ 120 milhões em contratações de jogadores – quantia que, após uma mudança no contrato neste ano, precisará ser devolvida mesmo se a venda desses atletas não atingir esse valor.

Veja a entrevista de Maurício Galiotte:

Balanço da gestão
– Acho que todo presidente do Palmeiras tem como obrigação deixar o Palmeiras melhor do que quando recebeu. Esse também era nosso objetivo, e acho que isso nós conseguimos. Pagamos as dívidas com fundos, evoluímos esportivamente. Temos hoje o elenco mais valorizado do Brasil. Nas categorias de base, reestruturamos, aumentamos o número de captadores, reformulamos todo o trabalho, modernizamos a Academia de Futebol de Guarulhos, estamos disputando títulos, estamos com várias revelações. Financeiramente, o Palmeiras está equilibrado.

– Nós temos hoje um trabalho administrativo com ferramentas modernas. Do clube social, novas instalações, com serviços adequados aos sócios. É exatamente isso do que o sócio precisa, que a gente tem como meta. Fazer as benfeitorias. Então, foram dois anos difíceis, de muito trabalho, de muita entrega, muito comprometimento, mas enxergo o Palmeiras hoje em plena evolução. Em 2013, quando assumimos, eu como vice-presidente, a situação era realmente muito difícil. Houve uma evolução nos primeiros dois anos. Depois, no segundo mandato do Paulo (Nobre), também conseguimos evoluir. Agora, acho que o caminho está sendo nessa direção. A gente conseguiu fazer com que o Palmeiras esteja melhor do que quando nós iniciamos o trabalho. Este é o objetivo caso formos eleitos. Entregar sempre um Palmeiras melhor do que a gente recebeu.

Legado mais importante

– Investir no clube, investir no nosso torcedor, investir nas crianças, que serão os nossos torcedores durante toda a vida. O presidente do Palmeiras tem sempre que investir. Foi o que fizemos. Fizemos o Torcedor do Futuro, que são crianças carentes, de periferia, que a gente traz aos jogos do Palmeiras. Crianças de zero a seis anos não pagam para entrar no Allianz Parque. É um investimento no futuro, no Palmeiras. O Palmeiras hoje é um dos maiores clubes do Brasil e do mundo devido à sua história, sua camisa e sua torcida. É o público que nos acompanha, engajado. Um clube grande como o Palmeiras tem uma torcida gigante. É devido ao tamanho dessa torcida, o engajamento e o comprometimento dela, que o clube é cada vez maior. Então, o legado é: investimento nas crianças, no torcedor, em quem está sempre ao lado do Palmeiras.

– Temos sempre algo a melhorar, sempre algo a fazer. O Palmeiras tem que estar sempre disputando, sempre se modernizando, sempre entre os melhores. Tem que ser um clube referência. É isso que a gente quer, esse é o nosso grande objetivo. Referência esportiva, administrativa, financeira, com ações sociais. Isso que a gente busca fazer. Temos, sim, coisas a fazer. Aliás, temos muita coisa ainda a ser feito. Num mandato de dois anos, tanto é que a gente mudou para três anos, os principais clubes do mundo têm mandato de três anos ou mais. É um tempo ideal para poder implementar seus planos, avaliar o que deu certo, para ter plano de meta bem elaborado. Obviamente, a avaliação da gestão cabe aos senhores, que são críticos, técnicos no assunto, que acompanham o clube. Mas, com certeza, temos muito a evoluir.

Leila Pereira, dona da Crefisa, e Galiotte: polêmica nos bastidores — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Leila Pereira, dona da Crefisa, e Galiotte: polêmica nos bastidores — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Ponto específico que não foi possível realizar
– Nós temos o Memorial do clube, que não foi possível fazer, porque, na nossa concepção, tem que ser feito na arena, em conjunto com a arena. Temos ainda alguns assuntos que estão sendo tratados na arbitragem com a WTorre, mas hoje já estamos bastante evoluídos em relação ao diálogo, à relação com o parceiro. Essa é uma meta que temos agora para o nosso segundo mandato, se eu for reeleito. O Memorial faz muita falta, temos ali nossa história. História que muito nos orgulha. Não podemos deixar de ter na nossa arena a nossa sala de troféus. Com certeza, teremos. No clube social, também temos nos preocupado muito com os serviços prestados às crianças. Hoje temos uma brinquedoteca. Com as mulheres. Hoje temos um centro de estética feminina. Temos as quadras reformadas, novas instalações. Temos que dar continuidade.

– Em relação ao futebol, nosso time tem que sempre ser melhor do que no ano anterior. É assim que temos que pensar. Hoje ele é competitivo? No ano que vem ele será mais competitivo. Para isso, tem que planejar. Responsabilidade financeira, fontes de recurso. As pessoas me perguntam: o Palmeiras continuaria se não tivesse a fonte de recurso A, B ou C? Claro que sim. O Palmeiras continua. Mas depende de onde a gente quer chegar, depende do plano que a gente tem para o Palmeiras. A gente não quer mais o Palmeiras que fica entre o 10º e o 15º. Eu não quero. Eu quero o Palmeiras protagonista, um Palmeiras que disputa título, que esteja sempre em evidência. Eu preciso de recursos para isso, que é a base da pirâmide administrativa. Você precisa da fonte de recurso, de bons profissionais, de conceitos modernos de administração para ir em busca das conquistas, dos títulos.

Ambiente político agitado depois de candidatura única em 2016 
– Minha candidatura foi algo pontual, específico. Não é comum ter um candidato único. Mas, naquele momento, o Palmeiras vivia uma situação muito favorável esportivamente. Estávamos muito próximos do título do Campeonato Brasileiro. Todos entenderam que o ideal para o clube era que o projeto desse continuidade. Por isso fui candidato único. Neste momento, é diferente. Temos outro candidato, com outra filosofia, outro pensameneto. Respeitamos. Mas eu não abro mão da parceria com Crefisa e FAM. Não abro mão. Esse foi o motivo principal, inclusive, do nosso distanciamento que ocorreu com o Paulo Nobre. Foi isso que ocorreu no início da gestão. Situação que ainda hoje persiste, as leituras são diferentes. Acho que o Palmeiras, para continuar crescendo, se desenvolvendo, precisa de todos os parceiros. A Crefisa e a FAM são parceiros extremamente importantes para o projeto do Palmeiras. Já eram em 2015 e 2016 e continuam sendo. Com isso, a gente tem outra situação política, outra chapa, outra linha. São situações que a gente tem que administrar, porque é um movimento absolutamente legítimo, democrático, e o associado é que vai decidir entre a continuidade desse trabalho ou o início de outro trabalho.

Ex-vice de Nobre, Galiotte o sucedeu em pleito de candidato único — Foto: Fabio Menotti/Ag. Palmeiras

Ex-vice de Nobre, Galiotte o sucedeu em pleito de candidato único — Foto: Fabio Menotti/Ag. Palmeiras

Distanciamento dos vices e mágoa com Paulo Nobre
– Não existe mágoa. Eu respeito o pensamento de todos, a maneira de cada um fazer a leitura das situações. Mas eu não posso abrir mão do que eu acho que é o melhor para o Palmeiras. Eu mesmo falei naquele momento para o Paulo Nobre. Respeito muito, nós trabalhamos juntos durante quatro anos. Foi muito intenso, muito difícil, muito sacrificante. O Palmeiras estava realmente numa situação realmente muito complicada. E nós, juntos, conseguimos fazer com que o clube se reestruturasse. Hoje estamos numa situação melhor. Não tenho mágoa, respeito a decisão de todos. E o mais importante são os projetos, o mais importante é a gente pensar no Palmeiras, no que é melhor para o Palmeiras. E que o Palmeiras saia vencedor. Que as melhores propostas sejam implementadas, que o clube saia vencedor. Acho que esse é o principal, porque nós somos colaboradores, o Palmeiras fica. Nós temos prazo de validade, todo dirigente. Todos os ex-presidentes, todos os conselheiros e diretores. A gente colabora por um período, o Palmeiras é para sempre, o Palmeiras fica. Que vençam as melhores ideias, que vençam os melhores projetos. Que fiquem os investidores importantes. E que o clube colha fruto, isso é o mais importante.

Nova chapa e oferta ao ex-vice Jesse Ribeiro 
– A nova chapa foi montada baseada nas pessoas que estão no dia a dia do clube, em cargos fundamentais. O Paulo Buosi é diretor administrativo, o Zanotta é diretor jurídico, o Caliari (José Eduardo Caliari) é diretor financeiro, o Décio Perini é ex-membro do COF, vice-presidente do COF, vice-presidente do CD, foi candidato à presidência, pessoa que tem trânsito muito grande no clube. O Jesse (Antonino Jesse Ribeiro, segundo vice-presidente) prestou um serviço também importante. No clube, a gente não pode oferecer presidência de nada, porque isso é através de eleição. O que a gente pode encaminhar é a participação na eleição para o COF, e depois no COF se define a eleição interna para presidente e vice. Isso é que foi tratado (com o Jesse).

Estágio do planejamento para 2019
– Temos um planejamento já para 2019 e 2010. O Palmeiras tem pensamento de longo prazo. Temos jovens talentos para serem revelados ao longo do tempo, temos categorias de base com um trabalho maravilhoso, que vem trazendo grandes potenciais. Temos também situações pontuais que a gente pensa em termos de mercado. Cada vez que o Palmeiras investir em jovens talentos, teremos a médio e longo prazo sempre uma equipe competitiva. Essa é nossa estratégia, é isso que a gente quer fazer.

Continuidade de Alexandre Mattos
– Caso reeleito, eu gostaria de contar com o Alexandre Mattos como diretor de futebol. Essa é a minha ideia. Nós já conversamos sobre isso. Da parte dele, também tem interesse. Mas eu prefiro tratar a partir de dezembro, após a eleição. Se reeleito, eu gostaria que ele permanecesse, gostaria de renovar o contrato para que ele ficasse conosco.

Ideia de Galiotte é renovar com o diretor Alexandre Mattos (à esq.) — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Ideia de Galiotte é renovar com o diretor Alexandre Mattos (à esq.) — Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

– Tudo que formos tratar em relação a elenco, a jogadores, será feito após o dia 24. É legítimo o novo presidente… Se eu for eleito, eu tratarei. Senão, o próximo é que tem que tratar. As decisões principais, estratégicas têm que ser tratadas pelo novo presidente. Caso eu seja reeleito, minha ideia é que os principais valores do nosso elenco permaneçam. Obviamente, temos que avaliar cada uma das situações. Mas eu venho falando isso ao longo do tempo: um time competitivo, um time forte tem que ter grandes jogadores. Hoje temos isso no nosso elenco, disputamos praticamente todos os títulos neste ano. É isso que a gente quer. É ser protagonista, disputar os títulos. O Palmeiras hoje tem esse potencial, temos que permanecer exatamente dessa maneira. Vou tratar cada um dos casos sempre pensando em ter no ano que vem um grupo mais forte do que nós temos hoje. Assim que temos que pensar sempre.

Contrato com a Crefisa
– Os contratos com a Crefisa geraram realmente muita polêmica, muita discussão. Porque houve uma alteração. Essa alteração foi movida devido a uma denúncia contra o nosso patrocinador. Essa denúncia à Receita Federal provocou, forçou uma alteração contratual, caso contrário nosso parceiro provavelmente teria multas ainda maiores. O compromisso com a Crefisa sempre existiu. É importante que o torcedor tenha essa informação. O compromisso sempre existiu. A Crefisa compra o jogador, e o Palmeiras devolve o dinheiro quando for vendido. Um exemplo claro disso é o Vitor Hugo. Nós já tínhamos essa operação com o Mina e com o Róger Guedes. Exatamente igual. O que fizemos? O Palmeiras passou a ser o responsável pelo pagamento (do valor) desses jogadores que a Crefisa emprestou, porém o compromisso moral sempre existiu. É que, a partir do momento em que a gente assinou os contratos, a gente passou a ter um lançamento contábil diferente. Antes, se tivesse prejuízo, a Crefisa assumia. Lucro sempre foi do Palmeiras.

– Hoje, se o Palmeiras tem prejuízo na operação, é o Palmeiras que assume. Lucro é do Palmeiras também. O que é absolutamente legítimo. Quem contrata é o Palmeiras, quem define o nome do jogador é o Palmeiras, quem avalia a contratação é o Palmeiras. É uma situação absolutamente legítima. Volto a repetir: exatamente como foi a do Mina e a do Róger Guedes, onde o clube devolveu o dinheiro para o fundo que emprestou, no caso o Paulo Nobre, e ficou com o lucro. Exatamente isso que temos nos contratos com a Crefisa, sendo que temos os jogadores como ativo. Vendo o jogador e devolvo o dinheiro para o parceiro.

Novo modelo do contrato força Palmeiras a pensar diferente as propostas de venda?
– Nós temos sempre que pensar no equilíbrio financeiro, na responsabilidade financeira e administrativa. Como gestor, temos sempre que ser responsáveis, para ter um caixa suficiente, pagar todos seus compromissos, para que seu parceiro receba aquilo que investiu, para ter um time competitivo. Esse equilíbrio é fundamental para a administração.

Venda de jogadores (cerca de R$ 150 milhões), mas contas rejeitadas pelo COF
– Tecnicamente, nossos números são absolutamente legítimos, corretos, com auditoria interna, externa. O fato é que as pessoas que estão no COF hoje entendem que, por algum motivo, as contas devem ser rejeitadas. Temos hoje um lucro acumulado ao redor de R$ 50 milhões, um patrimônio liquído ao redor de R$ 77 milhões positivo. Depois de muitos anos, o Palmeiras tem um patrimônio líquido positivo. Temos superávit. Difícil entender por que as contas são rejeitas. Porém, eu respeito. No final do ano, o Conselho Deliberativo é que valida. Se realmente entenderem que as contas atuais devem ser rejeitadas… Vale lembrar: contas atuais que há muitos anos não se vê no Palmeiras.

Críticas aos gastos com o futebol
– Quanto mais você participa de campeonatos, maior a sua despesa. Se for eliminado na primeira fase, não terá despesa de transporte, de premiação, de hotel, uma série de despesas. Então, na verdade, quanto mais você investe, quanto mais você tem possibilidade de ganho, maior vai ser seu custo. Isso não tem jeito. Então, a gente passou de diversas fases, recebemos mais por isso, mas também gastamos para viajar, para jogar, para disputar. Uma série de despesas envolvidas nisso. O que a gente quer? Estar participando. A gente recebe por isso, mas isso também tem um custo. Por exemplo: as finais da base. Tivemos várias finais no ano passado, e neste ano novamente. Todas as finais e semifinais da base têm um custo. A gente traz para o Allianz, abre os portões para a nossa torcida. Isso tem um custo alto, mas é um investimento. Estamos investindo na base, no nosso torcedor. É importante o torcedor saber. O Palmeiras gastou mais, mas gastou mais porque quer mais, quer chegar longe, tem grandes ambições.

Provocações do Corinthians e relação com o rival
– Respeitamos todos os clubes e todos os presidentes. O Palmeiras não tem problema institucional com nenhum clube. Em relação a declarações do Andrés ou de um diretor do Corinthians, não é problema do Palmeiras. O que está acontecendo lá é problema do Corinthians e tem que ser tratado por eles com seriedade. Da nossa parte, não tenho nada a declarar sobre isso.

Ansiedade em reta final do Brasileirão
– Muita ansiedade. Queremos muito o título, estamos trabalhando muito para isso. Nosso maior objetivo é a conquista do título. O torcedor do Palmeiras merece, é engajado, está sempre ao nosso lado, vibrando, incentivando. Tudo o que pudermos fazer para retribuir, para dar o título ao nosso torcedor, nós faremos. Com muito trabalho, esforço, dedicação, entrega. Todos os jogadores estão comprometidos, comissão técnica, torcedor. Nossos colaboradores, conselheiros, associados, diretores. Enfim, todos unidos em busca do título. É nosso grande objetivo e vamos lutar muito para que o título brasileiro fique conosco.

Caso Galiotte seja reeleito, planejamento será finalizado com Felipão — Foto: Antônio Cícero/Photopress/Estadão Conteúdo

Caso Galiotte seja reeleito, planejamento será finalizado com Felipão — Foto: Antônio Cícero/Photopress/Estadão Conteúdo

Interesse no retorno de Keno
– É um grande jogador. Existe a possibilidade, sempre existe. Depende das condições. A possibilidade de uma contratação sempre existe. A possibilidade de um retorno também. O Palmeiras é um clube grande, que hoje tem um equilíbrio financeiro. É possível fazermos contratações. Agora, depende de cada situação, do que envolve. Além da parte financeira, tem que ter obviamente aprovação do clube, o jogador também tem que entender que o Palmeiras é o melhor para ele, que o nosso projeto é o melhor neste momento. Tem uma série de fatores que envolvem uma contratação. Mas respondendo à pergunta: é possível, é um jogador muito interessante, que faz a diferença. Se tivermos possibilidade, por que não? Tudo isso será tratado em dezembro. Falar nomes de jogadores antes da eleição e antes do término do campeonato, não é o ideal. Não faremos.

Volta de Raphael Veiga em 2019
– Eu, particularmente, gostaria muito de contar com ele no grupo do ano que vem. Mas vamos tratar com o Felipão, com a comissão técnica, Alexandre Mattos, Cícero (Souza, gerente de futebol), Zé Roberto (assessor técnico), as pessoas todas que trabalham no dia a dia do futebol, para definirmos todos os jogadores que retornam, que ficarão, alguma contratação pontual, os meninos da base. Hoje já temos cinco ou seis meninos treinando no profissional. Esse mundo todo que temos que discutir detalhadamente para montar o plantel do ano que vem.

Retorno de Felipão e resgate de identidade
– Nós tivemos um primeiro semestre difícil, embora os números do Roger (Machado, técnico demitido em julho) tenham sido positivos. Avaliamos na metade do ano que o perfil daquele trabalho, o perfil daquele grupo, naquele momento, embora com bons resultados, não era o perfil de um time campeão. Esse foi nosso diagnóstico. Por isso fizemos a mudança no comando técnico. O Felipão reúne tudo que a gente gostaria que um treinador tivesse neste momento, neste estágio do Palmeiras. Vencedor, identificado com a nossa torcida, identificado com nosso clube, com história, com currículo, um líder, com gestão de pessoas. Sem dúvida, um dos melhores técnicos do Brasil, um dos melhores técnicos em atividade. Então, não tivemos nenhuma dúvida quando surgiu o nome dele, e os resultados estão aí. O Palmeiras brigando pelo título, com grande possibilidade de vencer o Brasileiro. Vamos lutar muito para ficar com o título.

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