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Fábio Santos, do Corinthians, diz que Gignac seria perfeito e que a eliminação do Palmeiras no Mundial “não foi surpresa”

Com passagem pelo futebol mexicano como jogador do Cruz Azul, Fábio Santos já conhecia o francês Gignac, do Tigres, carrasco do rival do Timão na semifinal do

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Redação Publicado em 09/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h07


Em busca de uma vaga na Libertadores, o Corinthians tem um importante duelo contra o Athletico-PR nesta quarta-feira, às 21h30, na Neo Química Arena, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas um dos temas da entrevista do jogador nesta terça-feira foi a eliminação do Palmeiras no Mundial.

Com passagem pelo futebol mexicano como jogador do Cruz Azul, Fábio Santos já conhecia o francês Gignac, do Tigres, carrasco do rival do Timão na semifinal do torneio. O lateral disse ter visto o jogo e afirmou que não se surpreendeu em nenhum momento com a queda do Palmeiras.

O nome de Gignac, inclusive, foi muito comentado no Corinthians depois de o jogador ir às redes sociais escrever “Vai, Corinthians” após eliminar o Palmeiras.

– Se contratasse o Gignac seria perfeito. Joguei contra ele algumas vezes, quando fui ao Cruz Azul. Já o conhecia de várias outras temporadas. Tem muita moral no México. Vi o jogo, sim. Foi um jogo muito bem jogado. Não me surpreendeu em nenhum momento. Sempre chega em finais. Pode ter sido surpresa para outras pessoas, mas, para mim, não foi surpresa a eliminação do Palmeiras. Isso engrandece ainda mais nosso feito de 2012 – analisou.

Apesar da comoção da torcida com o atacante francês, a diretoria do Corinthians prega cautela e avalia como fora de cogitação uma contratação dessas agora.

Fábio Santos, lateral-esquerdo do Corinthians, em entrevista coletiva  — Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians

Fábio Santos, lateral-esquerdo do Corinthians, em entrevista coletiva — Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians

Sobre a missão do Corinthians no Brasileirão, de lugar por vaga na Libertadores, o lateral-esquerdo Fábio Santos diz que a oscilação do Timão nas últimas partidas não vai acontecer. Embora tenha vencido o Ceará na rodada passada, a equipe perdeu para Bragantino e Bahia nos jogos anteriores. Neste momento, o Corinthians é o oitavo colocado, com 48 pontos.

– Sabemos, temos consciência de que vai ser o jogo mais importante neste momento. Abrir ainda mais vantagem e, de repente, firmar de vez a oitava colocação. Muito passa pelo jogo essa vaga na Libertadores. Estamos concentrados em fazer um grande jogo. Não podemos oscilar nesta partida e sabemos disso. É deixar a oscilação de lado – disse Fábio, durante entrevista coletiva.

– Estamos pensando jogo a jogo. Sabemos que em final de campeonato a sequência não será fácil. Temos que jogar com a tabela. Contra o Athletico, sabemos que precisamos da vitória. É confronto direto. Estamos focados nisso. Depois, vemos o restante do ano e o que precisa ser feito – completou.

Aos 35 anos, o lateral admitiu ter caído de rendimento durante as derrotas. Muito em função da sequência de partidas aliada ao fato de que seu reserva imediado, Lucas Piton, esteve fora de combate para se recuperar de uma cirurgia de hérnia inguinal. São 12 partidas em sequência.

– É difícil falar. Desde que cheguei, tivemos semanas livres. Com semana para trabalhar, o rendimento é melhor do que em sequência pesada. Fizemos cinco ou seis jogos seguidos com período curto de recuperação. Baixei um pouco nos dois últimos jogos contra Bragantino e Bahia, não sei se foi a sequência. Tenho conversado com a comissão técnica. Eu me sinto melhor quando tenho semana livre para trabalhar. É tentar encaixar trabalhos à parte. Piton fez cirurgia. Não tínhamos jogador para revezar. A temporada é longa e exige que joguemos porque estamos disputando a vaga. Durante a próxima, certamente vamos revezar para não deixar o rendimento cair. Penso em jogar mais alguns anos, vamos ver, sentar com a diretoria no fim do ano. Meu contrato é até dezembro.

Veja outros pontos da entrevista de Fábio Santos:

Retorno ao Corinthians
– O que mais me motivou, eu já falei algumas vezes, identificação que eu tenho com o clube. Foi onde conquistei as melhores coisas da carreira. Aos 35 anos, voltei me sentindo bem fisicamente. É um grande prazer fazer parte desse grupo. Curto todos os momentos e me motivo vestindo essa camiseta diariamente.

Um turno de Vagner Mancini no Brasileirão
– Difícil responsabilizar duas pessoas por uma mudança. Trabalhamos num grupo. Mancini tem seu estafe. Tínhamos peças humanas para estar em colocação melhor, não era o que gostaríamos. Não era falta de trabalho. Mérito da comissão técnica em saber quando jogar para frente e quando dar passo atrás, conversa, sair daquela situação, acreditar no trabalho dele. Conseguimos resultados importantes para seguir acreditando no trabalho e subir na tabela. Grupo entendeu o que Mancini pedia e acreditamos no trabalho dele. Nós mesmos não esperávamos brigar por essa vaga na Libertadores, está nas nossas mãos e não vamos deixar passar essa chance.

Pronto para encarar qualquer time mesmo sem reforços?
– Difícil responder. Óbvio que eu acho que dá sim para melhorar, qualificar. Isso não quer dizer que seja só com contratações galáticas. Corinthians tem categoria de base a ser explorada. Tem jogadores que já vem trabalhando conosco há algum tempo. São reforços importantes. O próprio sub-23, do Danilo com o Alex, quem sabe a gente não possa usar jogadores dessa categoria. Isso aí é questão da comissão técnica avaliar com a diretoria. Junto com nosso grupo, achamos que somos fortes, com esses jogadores que vão reforçar, não precisa de contratação absurda. Pontos corridos é diferente de mata-mata onde tudo pode acontecer. O segundo turno nos deu otimismo de vislumbrar outras coisas durante a temporada.

Raul Gustavo, zagueiro que pode atuar como lateral
– O Raul trabalha muito forte, é um zagueiro que atua na lateral, tem muita vontade de aprender. Os meninos trabalham forte, escutam todo mundo, tem vontade de aprender, de crescer. Aqui temos um pessoal subindo da base com muito futuro, o que a gente puder ajudar, vamos fazer para que eles cresçam e tenham uma boa carreira pela frente.

Oscilação em jogos contra Bragantino e Bahia
– Cada jogo tem a sua história, essa é minha opinião. Contra o Palmeiras foi quando dei essa declaração, que fizemos uma leitura errada do jogo, fizemos o contrário do que o Mancini pediu e para acertar durante o jogo é complicado. Jogamos da maneira que o Palmeiras queria que jogássemos. Os outros jogos teve mérito do Bragantino, que adiantou a marcação e tomamos gol com 2 minutos, o que muda totalmente a história da partida. O pior jogo foi contra o Bahia, criamos situações de gol, tínhamos que jogar com o nervosismo deles por estar brigando contra o rebaixamento. E quando sairam na frente do placar eles se fecharam, demos forças para eles acreditarem na vitória. Mas essa oscilação é normal, a gente vinha numa sequência bacana, depois começamos a sair mais para o jogo e confundiu a hora de marcar alto e marcar baixo. Mas isso é natural dentro do campeonato, conforme o tempo vai passando a gente vai entendendo o que o treinador pede e ele vai entendendo o que tem em mãos, para oscilar cada vez menos.

Jogos contra Flamengo e Internacional, os dois líderes do torneio
– Na verdade, não penso muito nisso no lado positivo ou negativo de enfrentar time brigando por título ou rebaixamento. Estamos muito focados na chance de classificação, uma oportunidade que aparece no campeonato, algo que a gente nem esperava. Estamos focados nisso, independente de enfrentar um adversário brigando por título ou rebaixamento. A gente tem que focar nos jogos independente do adversário.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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