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Condenado

Ex-técnico da seleção brasileira é condenado a 109 anos de prisão

Fernando de Carvalho Lopes ainda pode recorrer da decisão e irá responder em liberdade

Ex-técnico da seleção brasileira de ginástica é condenado a 109 anos de prisão por estupro - Imagem: divulgação
Ex-técnico da seleção brasileira de ginástica é condenado a 109 anos de prisão por estupro - Imagem: divulgação

Nathalia Jesus Publicado em 05/10/2022, às 09h46


Na última terça-feira (04), a Justiça condenou o ex-técnico da seleção brasileira de ginástica artística a 109 anos de prisão por estupro de vulnerável contra quatro atletas de sua comissão.

A condenação aconteceu em primeira intância, e ainda cabe recurso para que Fernando de Carvalho Lopes possa recorrer da decisão, enquanto isso, o ex-treinador recorrerá em liberdade.

O caso Fernando corre desde 2016, porém, foi em abril de 2018, após a exibição de uma matéria especial do "Fantástico", que reuniu cerca de 40 vítimas que alegaram terem sido abusadas por Fernando entre 1999 e 2016.

No processo, apenas quatro crimes foram julgados, enquanto os outros casos foram incluídos como testemunhas da acusação.

Os crimes julgados aconteceram entre 2013 e 2014, quando as vítimas ainda eram menores de 14 anos e reportaram aos pais o incômodo com o comportamento do técnico, que também era coordenador de ginástica artística do cluce Mesc, no ABC Paulista.

Em entrevista em 2018, Ferando de Carvalho negou todas as acusações: "Eu sei que eu tenho a minha consciência limpa no que diz respeito que eu nunca estuprei ninguém, que eu nunca molestei ninguém no intuito como está sendo colocado.”

Em 2019, a Confederação Brasileira de Gisnástica suspendeu o técnico de suas atividades e STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) baniu o ex-técnico da modalidade. Porém, em 2020, Fernando conseguiu uma decisão na Justiça para revogar a liminar, mas não voltou a trabalhar com crianças.

Fernando de Carvalho Lopes, ex-técnico da seleção brasileira de gisnástica artística, foi condenado a cumprir 109 anos e oito meses de prisão em regime fechado. De acordo com a juíza do caso, o tempo de reclusão é justificado pela forma em que o crime foi cometido.

Além da condenação por estupro de vulnerável, a juíza considerou o agravante que Fernando se utilizou da posição de técnico para abusar das jovens por um longo período de tempo e de maneira hedionda.

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