O Santos não tinha Vanderlei e Lucas Lima, suspensos, além de Zeca, Thiago Maia e Gabriel, na seleção olímpica, contra o Atlético-MG. Em compensação, o Peixe teve a força da Vila Belmiro e o bom aproveitamento dos substitutos, como Vladimir, Jean Mota e Léo Cittadini, para vencer por 3 a 0.
Depois de derrota com atuação apática por 1 a 0 contra o América-MG, os jogadores do Alvinegro pareceram mais acesos contra o Galo. Assim com as arquibancadas, que hostilizaram Robinho desde o aquecimento. A vitória valeu a volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro.
O primeiro tempo foi de amplo domínio do Santos, que foi para cima já nos minutos iniciais. Em 10 minutos, o goleiro Vitor já havia feito três boas defesas, e o Atlético-MG mal tinha passado do meio-campo, com Robinho, muito vaiado, sem tocar na bola.
O bom início de partida foi recompensado aos 12 minutos, quando Jean Mota bateu escanteio na cabeça de Gustavo Henrique. Na comemoração, o zagueiro cobrou o técnico Dorival Júnior, que paga churrasco quando zagueiros que fazem gols de cabeça em bola parada.
Depois de abrir o placar, o Peixe tinha como objetivo segurar o ímpeto do Atlético-MG, que conta com o trio Robinho-Pratto-Fred, além de Maicosuel na armação. Para isso, os atletas tiveram que suar muito.
Como o técnico Dorival Júnior disse, os santistas foram humildes para marcar e anular as triangulações mineiras. Léo Cittadini, Jean Mota, Vitor Bueno e Copete se desdobraram na marcação e por muitas vezes pareceram legítimos defensores (veja a foto abaixo).
– Estávamos bem postados e diminuímos o raio de ação. Tivemos humildade para marcar uma grande equipe e jogar dentro de nossas características. Jogadores como Léo Cittadini e Jean Mota participaram ativamente, marcaram, distribuíram, chegaram à frente. É isso que queremos ver. Equipe determinada em busca do resultado mesmo com desfalques – explicou Dorival.
Com o Galo buscando a reação, o Santos tinha espaço para contra-atacar. E o segundo gol quase saiu ainda no primeiro tempo, quando Ricardo Oliveira avançou sozinho, mas desperdiçou a chance.
Na segunda etapa, o Atlético voltou melhor e criou várias chances de gol. Foi aí que Vladimir, substituto de Vanderlei, foi decisivo. Ele fez duas grandes defesas consecutivas aos 6 e 7 minutos do segundo tempo – .
O Galo continuava melhor em campo e a história poderia ser bem diferente se Robinho não estivesse impedido aos 20 minutos da segunda etapa, quando recebeu sozinho e encobriu Vladimir. Os equivocados gritos de gol atleticanos tornaram-se sonoras vaias dos santistas.
E quando o Atlético parecia melhor e o empate se mostrava maduro, começou a brilhar a estrela de Ricardo Oliveira. Em mais uma cobrança de escanteio de Jean Mota, o centroavante se desvencilhou de Lucas Pratto em lance duvidoso e, de peixinho, balançou as redes. Foi o primeiro gol do Pastor no Brasileirão.
O segundo gol santista foi uma ducha d’água fria no Galo, que não teve forças para reagir. Os pouco mais de 10 mil torcedores presentes no estádio fizeram ola, gritaram olé e seguiram hostilizando Robinho, que pareceu ter sentido o jogo e foi substituído aos 40 minutos do segundo tempo, depois de atuação discreta.
E ainda deu tempo para o Santos fazer o terceiro. Quando o Atlético se lançou todo para o ataque, o Peixe emplacou um contragolpe de manual e Vitor Bueno serviu Ricardo Oliveira, que fez mais um e definiu o placar.