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Da derrota no Pan ao surto de covid, Brasil superou barreiras por vaga nas Olimpíadas: “Guerreiros”

Foi duro o caminho do Brasil até a classificação para o torneio masculino de handebol das Olimpíadas de Tóquio. A vaga foi conquistada no último

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Redação Publicado em 15/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h29


Haniel, da seleção masculina de handebol, revela como ele e seus companheiros se sentiram durante a luta que garantiu, neste domingo, a vaga para as Olimpíadas. Veja o vídeo

Foi duro o caminho do Brasil até a classificação para o torneio masculino de handebol das Olimpíadas de Tóquio. A vaga foi conquistada no último domingo depois de arrancar uma virada sobre o Chile no pré-olímpico de Pogdorica, em Montenegro. Foi a linha de chegada de uma trajetória cheia de barreiras que começou com a eliminação nos Jogos Pan-Americanos diante do próprio Chile ainda na semifinal, teve seguidas trocas de técnicos por interferência política e até um surto de covid-19. Tudo ficou para trás.

– Não desacreditamos nem um pouco (que a vaga seria conquistada). Somos conhecidos como guerreiros. Cada um aqui se doa o máximo por cada um, aqui não tem estrela, não tem o melhor nem o pior. A gente é uma família. Claro que as adversidades acontecem. No caso, a covid, troca de presidente, troca de treinador… Mas a gente faz o nosso trabalho, a gente sempre está unido. Hoje o trabalho está pago – disse Haniel Langaro, destaque do Brasil e do Barcelona.

Haniel no jogo entre Brasil e Chile no pré-olímpico de handebol — Foto: REUTERS/Stevo Vasiljevic

Haniel no jogo entre Brasil e Chile no pré-olímpico de handebol — Foto: REUTERS/Stevo Vasiljevic

A seleção brasileira esperava se classificar para as Olimpíadas com a conquista do ouro no Pan de Lima, mas acabou eliminada na semifinal pelo Chile, e a Argentina levou o título continental. Um resultado que deixava até a vaga no pré-olímpico em risco para o Brasil, que herdou um posto na disputa graças à boa campanha no Mundial de 2019 e a uma combinação de resultados que incluiu Espanha campeã europeia e Egito campeão africano. E a vaga acabou vindo justamente em uma revanche contra o Chile.

– A maior lição que a gente tem é que a vida dá voltas. A gente falou que é uma revanche, mas é uma revanche amigável. Na seleção do Chile a gente tem vários conhecidos, vários amigos, então a gente respeita muito a seleção do Chile pelo que eles vêm fazendo. Mas a gente teve uma segunda oportunidade. Foi sofrido, acho que a gente não apresentou o nosso melhor, mas a gente trabalhou demais. Cada um que está aqui merece muito – disse Haniel.

Antes de chegar ao pré-olímpico, a seleção brasileira ainda teve de lidar em 2020 com uma disputa política pela presidência da Confederação Brasileira de Handebol que refletiu em quadra com seguidas trocas de técnicos até Marcus Oliveira, o Tatá, assumir o comando em outubro. Ainda teve um surto de coronavírus às vésperas do Mundial do Egito, em janeiro. Mesmo assim, o Brasil conseguiu superar Chile e Coreia do Sul para juntamente com a Noruega se classificar para os Jogos. Foi a primeira vez que a seleção conquistou a vaga em um pré-olímpico.

Agora, o Brasil começa a traçar planos para as Olimpíadas. A meta é avançar às quartas de final, repetindo o desempenho dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

– Primeiro que a gente espera se classificar (para as quartas de final das Olimpíadas), esse é o maior objetivo. Em Olimpíadas a gente sabe que não é fácil, são 12 seleções, um grupo bem seleto, são só os melhores. Nosso primeiro objetivo é se classificar, e por que não sonhar com uma medalha olímpica? A gente sabe que a gente tem muita coisa a melhorar, são poucos meses de preparação, mas a gente vai se doar o máximo para tentar fazer um bom papel e levar o nome do Brasil o mais alto possível – disse Haniel.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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