Um ano após chegar ao Corinthians, Luan decepciona. Na vitória sobre o Ceará, na última quarta-feira, mesmo com a ausência de Cazares, machucado, o camisa 7
Redação Publicado em 05/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h45
Um ano após chegar ao Corinthians, Luan decepciona. Na vitória sobre o Ceará, na última quarta-feira, mesmo com a ausência de Cazares, machucado, o camisa 7 sequer saiu do banco de reservas. Já são dois meses sem ser titular.
Nos bastidores do Corinthians se admite a dificuldade para recuperar o futebol que em 2017 valeu a Luan o título de “Rei da América”. Três técnicos passaram pelo comando da equipe e não conseguiram extrair do meia o que se esperava. Mesmo assim, diretoria e comissão técnica não jogam a toalha em relação a ele.
Além da preocupação com o aspecto humano do atleta, há o entendimento de que não se pode “queimar” um ativo do clube. Para tê-lo, o Timão desembolsou cerca de R$ 23 milhões por 50% dos direitos econômicos. Mesmo que não seja com gols e bom desempenho, é preciso recuperar esse investimento de alguma forma.
Em novembro do ano passado, numa tentativa de valorizar a trajetória do jogador e reforçar a identificação dele com o clube desde a infância, a Corinthians TV produziu um material especial sobre Luan.
O cuidado em blindá-lo também é adotado pelo técnico Vagner Mancini, que evita fazer críticas ou cobranças nos microfones. O comandante alvinegro é adepto de elogiar em público e cobrar no privado. Mesmo assim, deu pistas recentemente sobre o motivo de Luan ter perdido espaço:
– Ele vai refazendo aos poucos a imagem que tinha, isso leva tempo, não é só num jogo. É um atleta técnico, que joga com a bola nos pés e que precisa entender que o futebol mudou um pouco, não é tão romântico, é mais tático. A bola no pé te expõe ao erro num jogo de cada vez menos erros. Quando você começa a entender o jogo, começa a mudar sua maneira de atuar, e isso é fundamental para ele. Tem que equilibrar – declarou, no fim de 2020.
Nos últimos oito jogos em que esteve disponível, Luan entrou em apenas quatro, ficando 72 minutos em campo.
Na última partida, Luan ficou na reserva de Ángelo Araos. Durante a semana, Vagner Mancini chegou a escalar o camisa 7 entre os titulares, mas achou que o jogador não correspondeu nos treinamentos. Ele ofereceu menos agilidade e dinamismo do que o concorrente chileno. A avaliação foi de que o Timão precisava de intensidade para atacar e se defender, e Luan prende muito a bola, “atrasando o jogo”, no jargão boleiro.
Relatos colhidos pelo ge dão conta de que Luan é querido por jogadores e funcionários e cumpre suas responsabilidades à risca no dia a dia de trabalho. Porém, o meia é visto como alguém sem muita gana, o tal “sangue no olho” pedido pela Fiel torcida.
Depois de 43 partidas disputadas – com sete gols e três assistências – as expectativas sobre o jogador já são bem menores. Aos 27 anos, ele tem contrato com o Timão por mais três temporadas.
O clube não descarta uma negociação em caso de uma boa proposta do exterior, mas diz não recebido nada até o momento. No mês passado, Luan teve seu nome ligado ao Fenerbahçe por um site turco, mas o estafe do atleta e o Corinthians negaram a negociação.
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Fonte: GE – Globo Esporte.
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