Coalizão de 180 grupos de direitos humanos publica carta pedindo boicote aos Jogos de Pequim 2022

A um ano das Olimpíadas de Inverno, grupos pedem ação de governos após serem ignorados pelo COI

Uma coalizão de 180 grupos de direitos humanos publicou uma carta aberta endereçada a governos mundiais pedindo o boicote aos Jogos de Inverno de Pequim 2022, cujo início está marcado para 4 de fevereiro do ano que vem. O grupo pede a mudança de sede da competição devido aos abusos cometidos contra minorias étnicas na China.

As pressões feitas por grupos de direitos humanos são feitas junto ao COI desde antes da realização dos Jogos de Verão de 2008. Como não houve qualquer ação concreta da entidade, a coalizão decidiu ampliar a base de apelo.

– O COI se recusou a ouvir em 2008, defendendo sua decisão com alegações de que se provariam catalisador para melhorar os direitos humanos. Como os especialistas em direitos humanos previram, a decisão foi altamente errada. Não apenas a China não melhorou, como as violações aumentaram substancialmente sem repreensão.

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No que você é bom?

– Agora recai sobre os governos para se posicionarem e demonstrarem que tem vontade política de reagir contra os repreensíveis abusos de direitos humanos da China – diz o documento.

A coalizão é formada principalmente por grupos que defendem direitos de tibetanos, uigures, mongóis e residentes de Hong Kong, dentre outros. O caso dos uigures , uma minoria muçulmana que vive no oeste da China, principalmente na província Xinjiang, tem sido retratado na mídia com alertas de encarceramento em massa desta população.

Os grupos de direitos humanos alegam que os uigures são obrigados a renunciar à própria cultura e religião. Os chineses negam abusos e afirmam que apenas combatem o extremismo religioso.