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CEO da F1 sugere que futebol aprenda com teto de gastos da categoria

As mudanças na F1 vem sendo adotadas desde a chegada da Liberty Media, que detém a gestão da categoria desde 2017. No último ano, as equipes aprovaram um teto

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Redação Publicado em 26/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h45


Stefano Domenicali relembrou de polêmicas na F1 que se assemelham com a Superliga europeia de futebol; em 2009, equipes ameaçaram fundar novo campeonato após discordâncias em novo regulamento

O futebol europeu viveu momentos de tensão nos últimos dias diante da polêmica criação da Superliga, iniciativa de 12 clubes que desejavam romper com a Liga dos Campeões. E para o CEO da Fórmula 1 Stefano Domenicali, o modelo de teto de gastos aplicado na categoria, que já passou por experiências semelhantes ao longo dos seus 70 anos, pode servir como exemplo para o futebol.

O episódio mais recente se deu em 2009, quando um novo regulamento e um teto de gastos provocaram discórdia entre a Federação Internacional do Automobilismo (FIA), então presidida por Max Mosley, e a Associação das Equipes de Fórmula 1 (Fota), que ameaçou a criação de um novo campeonato, ideia abandonada após acordo entre os dois lados.

– Já tivemos uma situação em que havia o risco de um campeonato separatista para tentar trazer mais ganhos para as equipes, do ponto de vista do lucro. Atualmente, fizemos uma abordagem oposta: tentar controlar os custos. Este é primeiro ano do teto orçamentário, o que dá uma dimensão diferente de sustentabilidade financeira às equipes. Acho que esta é a primeira questão que o mundo do futebol deve enfrentar – opinou Domenicali.

As mudanças na F1 vem sendo adotadas desde a chegada da Liberty Media, que detém a gestão da categoria desde 2017. No último ano, as equipes aprovaram um teto de gastos de US$ 145 milhões (aproximadamente R$ 800 milhões), que passou a valer na atual temporada e ainda será reduzido até 2025.

Stefano Domenicali, presidente da Fórmula 1  — Foto:  Dan Istitene - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Stefano Domenicali, presidente da Fórmula 1 — Foto: Dan Istitene – Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Além disso, os pilotos também passarão a ter um teto salarial a partir de 2023, na casa dos US$ 30 milhões, cerca de R$ 172 millhões.

Domenicali justifica, ainda, que mudanças além do viés financeiro propostas pela Liberty Media e pela Fórmula 1 mantém a categoria atratativa para os times – incluindo a corrida por mais sustentabilidade:

– Seremos uma F1 híbrida, e teremos um combustível ecosustentável. Existem muitas iniciativas como esta na sociedade, e isso dá para a F1 a oportunidade de ser protagonista.

Torcedor do Manchester City protesta contra a Superliga; F1 também viveu risco de cisão em 2009 — Foto: Reuters

Torcedor do Manchester City protesta contra a Superliga; F1 também viveu risco de cisão em 2009 — Foto: Reuters

ue agora inclui a preservação ambiental, reforça esse objetivo. A categoria anunciou a pretensão de neutralizar o uso de carbono na atual temporada, e pretende eliminar completamente seu uso até 2030.

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Fonte: Ge – Globo Esporte.

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