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CBLOL: relembre as multas a jogadores e dirigentes

A punição à paiN Gaming por conta da toxicidade do suporte sul-coreano Chang-hoon "Luci" no CBLOL 2021 não é caso isolado na história do Campeonato Brasileiro

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Redação Publicado em 13/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h08


Riot Games aplicou diversas punições em dinheiro ao longo dos últimos anos; confira a lista

punição à paiN Gaming por conta da toxicidade do suporte sul-coreano Chang-hoon “Luci” no CBLOL 2021 não é caso isolado na história do Campeonato Brasileiro de League of Legends. Nos últimos anos houve diversas multas em dinheiro a jogadores profissionais, equipes e dirigentes que desrespeitaram o regulamento da competição. O ge relembra, nesta reportagem, os acontecimentos que resultaram em punições aplicadas pela Riot Games, a desenvolvedora do LoL e organizadora do CBLOL. As sanções tiveram diversos motivos, de desconexões antecipadas do jogo a ofensas raciais.

O caso mais recente envolveu Luci, que teve “comportamento tóxico e inadequado” em partidas do servidor LIVE e, com isso, violou o trecho do regulamento que trata de ofensas e discurso de ódio. Por conta disso, a Riot Games aplicou multa de R$ 5 mil à paiN Gaming, equipe do sul-coreano.

Luci se pronunciou no Twitter dizendo que, “na situação que ocorreu, qualquer um lutaria” e que não se arrependia do que havia falado. Em entrevista coletiva no CBLOL 2021, o atirador Felipe “brTT”, companheiro de Luci, alegou que o suporte sofreu xenofobia e revidou os xingamentos. Ele ainda prestou solidariedade ao colega.

Conduta tóxica

Conduta tóxica em partida no servidor LIVE também motivou uma punição ao sul-coreano Hee-min “Yuri”, meio da Rensga, em junho. Além de a equipe ter sido multada em R$ 5 mil, o jogador recebeu uma suspensão de um jogo na 2ª Etapa do CBLOL 2021.

Ofensa a japoneses

O ex-jogador e hoje streamer Felipe “YoDa” recebeu uma suspensão de três partidas do Mid-Season Invitational (MSI) de 2017 e ainda fez com que a RED Canids Kalunga, a equipe que o meio defendia na época, fosse multada em US$ 2 mil (equivalentes a cerca de R$ 6,3 mil na cotação da época).

Isso porque YoDa fez uma postagem no Twitter se referindo aos jogadores japoneses da Rampage como “japorongas” e caçoando da pronúncia da palavra “frango” pelos asiáticos. Os termos foram considerados “linguagem racial ofensiva” pela Riot Games. Naquele ano, o MSI, que é o campeonato internacional de meio de temporada do LoL, aconteceu no Brasil.

Publicação de YoDa sobre jogadores japoneses no Twitter em 2017 — Foto: Reprodução/Twitter

Publicação de YoDa sobre jogadores japoneses no Twitter em 2017 — Foto: Reprodução/Twitter

Comportamento reincidente

caçador Filipe “Ranger” possui diversas punições no currículo por ofensas, comportamento discriminatório e desconexões antecipadas em jogos oficiais.

Em maio de 2020, o atleta teve comportamento tóxico durante uma partida no servidor LIVE, o que levou à aplicação de uma multa de R$ 2 mil ao Flamengo Esports, equipe que ele representa até hoje.

Ranger já havia sido advertido em 2019 enquanto estava em um bootcamp (período de treinamento no exterior) na Coreia do Sul e, por isso, acabou sendo tratado como reincidente.

Em julho do ano passado, Ranger voltou a ser punido, daquela vez com multa de R$ 5 mil ao Flamengo e suspensão de uma partida do CBLOL em razão de uma postura discriminatória. O jogador fez uma postagem satirizando o nick do meio sul coreano Kim “Rainbow”, do Santos.

Ranger, da equipe de LoL do Flamengo, comemorando em partida do CBLOL — Foto: Bruno Alvares/Riot Games

Ranger, da equipe de LoL do Flamengo, comemorando em partida do CBLOL — Foto: Bruno Alvares/Riot Games

Punição a dirigente

INTZ teve de pagar multa de R$ 5 mil em 2016 após ser punida pela tentativa de aliciamento de Gustavo “sacy”, hoje atleta de Valorant e, naquela ocasião, atirador do time de LoL da RED Canids.

Além da multa, houve outras sanções: o coproprietário da INTZ Rogério Rodrigues de Almeida ficou suspenso por dez meses e o atleta Luan Rodrigues, envolvido na conversa que configurou o aliciamento, não pôde ser inscrito na 1ª Etapa do CBLOL 2017.

No League of Legends há uma política de antialiciamento, segundo a qual os jogadores com contrato em vigor não podem ser diretamente contatados por membros de outras equipes com discussões sobre emprego. Propostas devem ser apresentadas à direção do clube ao qual o atleta pertence.

Conversa entre jogadores

Outro desrespeito à política antialiciamento do LoL ocorreu em novembro de 2015, quando o suporte Leonardo “Alocs”, da g3nerationX na época, entrou em contato com o caçador Jonas “Caos”, então contratado pela INTZ, para fazer uma proposta, a pedido de Eduardo Kim, dono da Vivo Keyd mas que atuava na ocasião como gerente da g3x.

Em março de 2016, a Riot Games aplicou multas de R$ 4 mil a Alocs, hoje treinador na Vorax Liberty, e Caos, atualmente assistente técnico na FURIA. Eduardo Kim acabou suspenso até o fim da 2ª Etapa do CBLOL 2016.

Mylon comemorando durante partida do CBLoL quando jogava pela paiN Gaming — Foto: Riot Games

Mylon comemorando durante partida do CBLoL quando jogava pela paiN Gaming — Foto: Riot Games

Gesto obsceno

Hoje comentarista nas transmissões oficiais, Matheus “Mylon” recebeu uma multa de R$ 2 mil em 2016, quando ainda era jogador, devido a um gesto obseceno que fez durante uma transmissão da 1ª Etapa do CBLoL daquele ano.

Em 24 de janeiro de 2016, quando atuava pela paiN Gaming, Mylon apareceu fazendo um gesto obsceno quando a transmissão mostrou a sala de espera dos atletas. Um gesto teria sido intencional, segundo a Riot Games sustentou na ocasião.

Mylon ainda recebeu uma suspensão de duas rodadas do CBLOL, já que era reincidente. Em 2014, o jogador sofreu punição por motivo semelhante. Ele, ao matar o adversário durante uma partida, mostrou o dedo do meio para a câmera e chamou o adversário de lixo.

Partidas ranqueadas

Comportamento tóxico nas filas ranqueadas rendeu punições ao meio Gabriel “tockers” e a Ranger em 2018. Em um comunicado para ambos os casos, a Riot Games anunciou a suspensão das contas no jogo de ambos e uma multa de R$ 2 mil a cada um deles.

Conforme anúncio da desenvolvedora, tockers não tinha reincidência no mau comportamento, mas teve uma postura considerada grave. Ranger, por sua vez, não contava com incidentes graves, mas era recorrente em comportamentos tóxicos já em 2018.

Na época, tockers representava a Vivo Keyd e Ranger estava na KaBuM.

tockers, pela Vivo Keyd, no estúdio do CBLOL em 2018 — Foto: Riot Games

tockers, pela Vivo Keyd, no estúdio do CBLOL em 2018 — Foto: Riot Games

Painel de punições

Em 2020, a Riot Games criou até um painel com as informações sobre as punições aplicadas. São listadas 12 sanções em jogadores do CBLoL e do Circuito Desafiante, o torneio da 2ª divisão do LoL brasileiro na época.

A maioria delas envolvia conduta inadequada dentro de jogo durante partidas oficiais, principalmente desconexão antes do término dos confrontos. O Flamengo teve de pagar R$ 500, enquanto o Santos recebeu multas de R$ 500 e R$ 750 por infrações recorrentes.

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Fontes: G1 – Globo.

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