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Camila Brait curte papel de capitã no Osasco e confirma que não volta à seleção

Pense numa jogadora "plena" e lembre-se de Camila Brait. Além de comemorar a primeira disputa olímpica e a medalha de prata em Tóquio 2020, a líbero se tornou

Camila Brait curte papel de capitã no Osasco e confirma que não volta à seleção
Camila Brait curte papel de capitã no Osasco e confirma que não volta à seleção

Redação Publicado em 16/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 19h04


Pense numa jogadora “plena” e lembre-se de Camila Brait. Além de comemorar a primeira disputa olímpica e a medalha de prata em Tóquio 2020, a líbero se tornou nesta Superliga a capitã do time de Osasco – iniciativa possível após a mudança no regulamento concedida pela Federação Internacional de Vôlei este ano. Agora líberos também podem ser os líderes dos seus times.

Para fazer um balanço da temporada na seleção e no Osasco, a jogadora é a convidada da semana do podcast “Na Rede com Nalbert”, que também conta com a participação do produtor Thiago Fernandes neste episódio.

Camila Brait; líbero; Seleção Brasileira — Foto: FIVB

Camila Brait; líbero; Seleção Brasileira — Foto: FIVB

A lembrança da disputa da primeira Olimpíada ainda faz os olhos de Camila brilharem ao falar da campanha do time comandado por José Roberto Guimarães no Japão.

– Eu sempre disse que meu grande sonho sempre foi ser mãe e jogar uma Olimpíada. A gente não esperava chegar em uma final olímpica, não estávamos nem cotadas. Tinha times como a Sérvia, os Estados Unidos e a China. Nem os melhores sonhos a gente pensou em jogar uma final. E duas pessoas estavam muito felizes de estar lá: eu e a Carol Gattaz. Mas também a Macris e Carol, que também nunca tinham jogado Olimpíada. O time deu liga, a gente jogou por uma causa, como disse o Zé Roberto. Graças a Deus que a Nat e o Zé insistiram muito para eu voltar para a seleção. Para mim, a prata tem gosto de ouro – relembra a líbero.

Camila foi cortada na lista final das Olimpíadas de 2008, 2012 e 2016 – quando disse que não queria mais jogar na seleção. Ela conta que voltou em 2019 após o marido questionar sua decisão.

– Depois que eu tive a Alice (sua filha, que hoje tem quatro anos) alguma coisa mudou. Meu marido perguntou se caso me aposentasse naquele momento eu estaria satisfeita, se teria feito tudo o que queria. Fui dormir pensando nisso e plantou-se uma sementinha. Depois de um tempo o Zé Roberto me ligou, me chamou para jogar e ainda bem que aceitei. Hoje, se eu me aposentar, me aposento de cabeça tranquila – acrescentou.

Outra atleta que sempre incentivou Brait foi a também líbero Fabi, de quem afirma ser muito fã.

camila brait fabi volei — Foto: Divulgação/CBV

camila brait fabi volei — Foto: Divulgação/CBV

– Desde que comecei a jogar vôlei e vi que era pequena e ia jogar de líbero, eu me inspirava muito na Fabizinha. Em 2007, quando eu fui pra seleção juvenil, cheguei em Saquarema pela primeira vez, descobri o número e bati no quarto dela. Olha a paciência: ela me colocou para dentro do quarto dela e falou comigo por meia hora. Em 2009, eu fui pra seleção adulta jogar com ela e pensei: “tem noção de que sou amiga da minha maior ídolo?“. Ela me ensinou muita coisa dentro e fora de quadra, ela sempre foi a melhor do mundo – elogia.

Camila também falou sobre se tornar capitã do time de Osasco, onde pretende encerrar sua carreira.

– Não pretendo sair do Osasco, por nenhum dinheiro no mundo. Espero encerrar a carreira aqui. Quando eu era mais nova queria jogar na Turquia ou Itália mas hoje nenhum dinheiro me tira daqui. Pretendo me aposentar com 38 ou 39 anos e venho discutindo isso com meu marido. Talvez daqui um ano a gente pense em ter mais um filho, mas tem tempo para pensar nisso ainda – acrescentou.

Osasco; Michelle; Camila Brait — Foto: João Pires/Fotojump

Osasco; Michelle; Camila Brait — Foto: João Pires/Fotojump

E apesar de aos 33 anos estar em sua melhor forma física, Brait já avisou que não volta para a seleção e que não pensa mais em Olimpíadas.

– A chance de ir para Paris é zero, agora deu. Deus me deu meu sonho, consegui realizar. Pra mim não dá mais, quero dar ênfase na família e ter férias. Temos líberos como a Ny (Nyeme), a Natinha a Kika… tem muita gente boa por aí – se esquiva.

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Globo Esporte
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