O presidente americano Joe Biden se pronunciou pela primeira vez sobre a discussão em torno da realização das Olimpíadas de Tóquio durante a pandemia do
Redação Publicado em 08/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h30
O presidente americano Joe Biden se pronunciou pela primeira vez sobre a discussão em torno da realização das Olimpíadas de Tóquio durante a pandemia do coronavírus, neste domingo. Em entrevista no intervalo do Super Bowl LV, vencido pelo Tampa Bay Buccaneers, ele defendeu que qualquer decisão em relação aos Jogos seja tomada com base na ciência.
Marcado para julho, o megaevento esbarra em uma série de questionamentos relacionados com a crise de saúde, como as taxas de contaminação no Japão e a vacinação dos atletas. No entanto, o comitê organizador garante a realização dos Jogos, que foram adiados em 2020.
– Yoshihide Suga está trabalhando muito para dar início aos Jogos com segurança, mas isso precisa que ser baseado na ciência. Imagine todos aqueles funcionários que trabalharam quatro anos para uma única oportunidade e, de repente, ela se perde. São pessoas por quem me solidarizo, mas temos que fazer isso com base na ciência. Somos uma administração voltada para a ciência, e acho que o resto do mundo também. Espero que possamos competir, mas precisamos observar – defendeu Biden.
Em entrevista ao Wall Street Journal no fim de janeiro, um dos membros do Comitê Organizador das Olimpíadas, Haruyuki Takahashi, reconheceu que um possível apoio dos Estados Unidos pode ter grande peso para o impasse que a realização dos Jogos enfrenta:
– O Sr. Biden está lidando com uma situação difícil com o coronavírus, mas se ele fizer uma declaração positiva sobre as Olimpíadas, nós ganharíamos um forte impulso. Eu odeio dizer isso, mas Thomas Bach e o COI não são os únicos que podem tomar, sozinhos, uma decisão sobre os Jogos.
O Japão segue em estado de emergência com o agravamento da pandemia no país, que registra 405 mil casos de Covid-19 e 6.424 mortes. A média diária de casos, que estava caindo, já ultrapassa os 1.600. Outro problema é a ausência de médicos voluntários no evento, já que o país sofre com a sobrecarga dos leitos hospitalares.
Nos esforços para a realização das Olimpíadas, o Comitê Organizador lançou na última semana cartilhas com recomendações visando reduzir a transmissão do vírus durante o evento. Entre as propostas, está a proibição de cantos das torcidas e um alerta para que atletas comemorem moderadamente.
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Fonte: GE – Globo Esporte.
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