Diário de São Paulo
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Após janela “calma”, Palmeiras mantém base e confia em elenco equilibrado até fim de 2021

Com o fechamento da janela de transferências do exterior, o Palmeiras deve manter a base de seu plantel para as disputas do Campeonato Brasileiro e da

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Redação Publicado em 01/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h31


Com o fechamento da janela de transferências do exterior, o Palmeiras deve manter a base de seu plantel para as disputas do Campeonato Brasileiro e da Libertadores até o término da temporada. Na avaliação do clube, o atual elenco está bem equilibrado para os próximos meses.

Aberto para o que considera “oportunidades de negócio”, o Verdão tinha uma expectativa maior por pelo menos mais uma negociação de saída. Houve muitas sondagens pelos atletas do clube, mas propostas oficiais foram poucas. Uma delas, pelo atacante Wesley vinda do Grupo City, foi recusada na última terça-feira.

Em julho, Matías Viña se despediu da Academia de Futebol e viajou para ser integrado ao plantel da Roma, da Itália. Na negociação, a diretoria palmeirense, que recebeu 7 milhões de euros (cerca de R$ 42 milhões) com a possibilidade de mais 2,5 milhões de euros (R$ 15 milhões) em bônus, perdeu um titular de destaque, mas se movimentou rapidamente para fazer a reposição.

Para a posição, o clube contratou Jorge, que pertencia ao Monaco, da França, e o uruguaio Joaquín Piquerez, ex-Peñarol. Este último já vem sendo utilizado, enquanto o brasileiro está em processo de recondicionamento físico.

Se ainda optar por reforçar o plantel, o Verdão tem um mercado mais restrito a partir de agora: ainda são permitidas transferências nacionais ou com atletas que estejam sem contrato – as inscrições para a disputa do Brasileirão vão até o dia 24 de setembro.

Reforços caseiros e compromisso financeiro

Com o futebol ainda vivendo a crise provocada pela pandemia, o Palmeiras avalia que o cenário continua exigindo cuidados e atenção financeira. Por isso que transferências com altos valores foram descartadas pelo clube, como ocorreu na negociação com Rafael Santos Borré, do River Plate.

Nomes como os de Hulk e Diego Costa, hoje no Atlético-MG, foram avaliados e classificados como fora da realidade do Verdão neste momento. Até porque os palmeirenses consideram que a volta de Dudu representa um grande investimento financeiro.

Dudu e o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte — Foto: Cesar Greco

Dudu e o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte — Foto: Cesar Greco

Emprestado ao Al Duhail, o atacante foi reintegrado em julho depois de o clube do Catar não exercer a compra dos 80% dos direitos econômicos. Além de não receber mais R$ 40 milhões, a diretoria viu a folha salarial aumentar novamente.

Para aliviar os gastos mensais, o clube voltou ao mercado para encontrar opções aos atletas que vinham sendo pouco utilizados. Neste sentido, Lucas Esteves foi emprestado para o Colorado Rapids, dos Estados Unidos, e Lucas Lima acertou com o Fortaleza, além das transferências de Angulo e Pedrão para o Portimonense, de Portugal.

Meio de campo mais concorrido

Com meio-campistas em alta no mercado, casos de Danilo, Patrick de Paula e Gabriel Menino, o Palmeiras se antecipou e reforçou o setor com o retorno de Matheus Fernandes, pensando em uma eventual reposição e também no ganho técnico que o atleta representa ao grupo.

O Verdão já negociava o empréstimo com o Barcelona, mas a rescisão de Matheus com o clube espanhol abriu caminho para um acerto até dezembro de 2025.

Com a manutenção de seus destaques, quem perdeu espaço foi Danilo Barbosa, emprestado até dezembro e que tem ficado fora até do banco de reservas em alguns jogos – desde julho, ele entrou em campo apenas duas vezes.

A disputa no ataque

Sem sucesso nas negociações com atacantes no começo da temporada, o Palmeiras decidiu apostar em uma solução caseira.

De volta do futebol espanhol, Deyverson não teve novas propostas, foi reintegrado e tem sido aproveitado por Abel Ferreira desde junho, quando o departamento jurídico do Verdão conseguiu liberação na Fifa para antecipação da inscrição – caso semelhante ao vivido por Dudu.

Borja se reapresentou na Academia de Futebol após empréstimo ao Junior Barranquilla e causou boa impressão na comissão técnica, mas foi liberado para o Grêmio, que, assim como o Internacional, tentou a contratação de Luiz Adriano.

Deyverson e Borja na Academia do Palmeiras: o primeiro ficou, o segundo, não — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Deyverson e Borja na Academia do Palmeiras: o primeiro ficou, o segundo, não — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras

Artilheiro do Verdão na histórica temporada de 2020, Luiz Adriano continua bem avaliado pela direção. Ele foi contratado em 2019 com status de mais um grande investimento, mas vive seu pior momento no clube atualmente.

Em crise técnica, o camisa 10 ainda é visto como peça importante para as decisões que se aproximam, seja nas semifinais da Libertadores ou na reta final do Brasileirão.

Além de Deyverson e Luiz Adriano, Abel Ferreira tem a possibilidade de montar o seu sistema ofensivo com Rony e Willian como referências na frente. A dupla, inclusive, fez parte de um pacotão de renovações que a diretoria acertou junto com Raphael Veiga e Zé Rafael.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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