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Anderson Barros reage a críticas, explica desistência de Borré e detalha projeto do Palmeiras

A temporada de 2020 terminou para o Palmeiras em março com um saldo de três títulos importantes. Mas o ano esportivo de 2021 começou com descontentamento e

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Redação Publicado em 20/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h12


Diretor rebate acusação de omissão e reprova pichações

A temporada de 2020 terminou para o Palmeiras em março com um saldo de três títulos importantes. Mas o ano esportivo de 2021 começou com descontentamento e críticas de alguns torcedores em relação ao desempenho do Verdão em campo e também no mercado.

Depois de nove jogos na temporada, incluídos os vices da Supercopa e da Recopa Sul-Americana, o time de Abel Ferreira foi alvo de protestos de alguns torcedores, mas também recebeu manifestação de apoio de outros palmeirenses nas redes sociais.

Em entrevista ao ge, Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, pediu compreensão à torcida e lembrou a conquista recente de títulos.

– Todo torcedor tem o direito de cobrar, mas ele precisa entender tudo aquilo que a gente vem fazendo. O torcedor cobra resultado, cobrou resultado e entregamos resultado. O Palmeiras foi campeão, teve seis títulos de extrema relevância nos últimos seis anos, sendo três na temporada passada. Então foi entregue. Foram revelados jogadores, foram feitas contratações que atenderam ao anseio em nossa necessidade. O torcedor tem (direito de cobrar), mas precisa entender e reconhecer o trabalho que está sendo feito. Existe responsabilidade e planejamento – disse Anderson Barros.

Após a derrota para o São Paulo, na última sexta-feira, os muros da sede social foram pichados por alguns torcedores. Além de pedir reforços e a saída de alguns jogadores, as mensagens foram direcionadas a Abel Ferreira e contra a diretoria.

– O torcedor não pode confundir a crença em um projeto, ter responsabilidade com a instituição que ele torce, com omissão. Estamos fazendo tudo que se pode, vencemos a Tríplice Coroa na temporada passada. Eu sei que o torcedor quer que a gente vença em 2021 – afirmou Anderson Barros.

Desde o fim do ano passado, o treinador tem cobrado a contratação de reforços, principalmente para o setor ofensivo. Até o momento, o Verdão trouxe apenas Danilo Barbosa como peça de reposição para a saída de Emerson Santos.

Os palmeirenses negociaram com o colombiano Rafael Santos Borré, do River Plate, mas desistiram do negócio depois de uma nova avaliação do momento financeiro do clube em mais uma temporada de crise por causa da pandemia.

– Nós iniciamos o processo do Borré um pouquinho antes, talvez, da nossa viagem para o Mundial. Eu lembro que foi até um pouco antes do jogo na Argentina contra o River. Percebemos que três atletas tinham situações de fim de contrato, começamos a estudar esse processo, tivemos variáveis de qual estratégia deveríamos adotar. Optamos por uma, foi crescendo ao longo do próprio Mundial. Uma situação que a gente sempre manteve numa discrição muito grande, que era uma situação muito complexa, tinha clube espanhol, argentino, diversos representantes.

– Era um momento em que a crise pandêmica dava um sinal diferente, quando veio a segunda onda, até uma terceira onda. Hoje, temos um crescimento no número de mortes. Então tudo isso foi sendo pesado. Mas sempre fomos honrando por entender que seria um atleta que agregaria muito ao Palmeiras. Chegou um momento em que percebemos, seja pela demora do posicionamento, valores, que aquele era o momento que o Palmeiras tinha o direito de decidir de forma contrária. Tanto que não teve resposta do atleta ou representante, porque fizemos tudo de maneira honesta. Sabíamos que estávamos indo além, sabíamos que poderia, mas tinha passado o tempo – explicou.

Diretoria do Palmeiras na apresentação de Abel Ferreira, em novembro — Foto: César Grecco / Ag Palmeiras

Diretoria do Palmeiras na apresentação de Abel Ferreira, em novembro — Foto: César Grecco / Ag Palmeiras

Um atleta que segue no radar da diretoria do Palmeiras é o atacante Ademir. Além de Valentin Castellanos, a diretoria alviverde quer um reforço para o setor ofensivo com característica de velocidade, que possa atuar pelos lados do campo.

Depois de melhorar a oferta ao América-MG, os palmeirenses aguardam. A partir de julho, Ademir fica livre para assinar um contrato com outra equipe caso não renove com o clube mineiro.

– O Ademir foi um atleta com característica específica, um extremo, canhoto, que poderia dar variações táticas ao Abel. Era um jogador que atenderia a uma situação muito especifica. Fizemos uma proposta, bem razoável dentro do que entendemos, e o América, dentro do seu direito, entendeu que não deveria liberara. Discutimos outras variáveis, mas não evoluímos. Vamos fazer o que for responsável, como fizemos na temporada passada – disse Anderson Barros.

Depois de vencer o Paulistão, a Libertadores e a Copa do Brasil na temporada de 2020, o Palmeiras prevê um 2021 ainda de desafios, principalmente na parte administrativa. Mas Barros garante que confia na competitividade da equipe nas principais disputas.

– Temos consciência de que podemos disputar 2021 da mesma forma da temporada passada, mas sempre com total responsabilidade. Há um grupo de profissionais no Palmeiras, todos nós discutimos cada uma das decisões, inclusive com a comissão técnica. Em muitas vezes, não conseguimos ter unanimidade ou uma decisão única, mas a responsabilidade com o clube sempre vai prevalecer.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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