O Corinthians precisou enfrentar as piores condições possíveis para finalmente conseguir ganhar um jogo, após sete jornadas sem vencer (entre o Campeonato
Redação Publicado em 08/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h19
O Corinthians precisou enfrentar as piores condições possíveis para finalmente conseguir ganhar um jogo, após sete jornadas sem vencer (entre o Campeonato Brasileiro de 2020 e o Paulistão de 2021).
A primeira vitória desta temporada – 2 a 1 sobre a Ponte Preta, de virada, em Itaquera – se deu em meio a dois surtos, um de Covid-19 e outro de lesões, e sob um temporal que tornou impossível jogar com a bola rente à grama da Arena. No total, vinte desfalques.
Jô está certo quando concede ao torcedor o direito de reclamar do time – o corintiano merece mais do que o time ofereceu em 2019 e 2020. Mas também tem razão quando pede paciência, lembra dos casos de coronavírus e avisa que esta será uma temporada de paciência.
Com o elenco dizimado, sobrou para Vagner Mancini montar o time com o que sobrou: dois zagueiros nas laterais (Bruno Méndez, desta vez na esquerda, e João Victor), Cantillo e Luan tentando fazer o time andar no meio, e garotos na frente – é uma crueldade exigir que Antony e Rodrigo Varanda resolvam os problemas de um time que há anos não joga bem.
O Corinthians dominava a posse de bola mas errava muitos passes no ataque, o que proporcionava lances de perigo para a Ponte Preta. Num contra-ataque, João Veras ganhou de Jemerson e abriu o placar para o time de Campinas. O gol de empate saiu após uma rara (e longa) troca de passes do Corinthians até que Mateus Vital, o melhor jogador do time no ano, acertasse um belo chute.
O segundo tempo foi outro jogo. Na feliz definição do comentarista Alexandre Lozetti, o Corinthians “colocou pneus de chuva” e passou a jogar sozinho em Itaquera. As entradas de Jô e Otero mudaram tudo na partida, inclusive a maneira como o Corinthians passou a atacar – que funcionou melhor do que quanto o time tentava jogar pelo chão.
Otero quase fez de falta, depois quase fez um gol olímpico. E as bolas longas para Jô sempre levaram perigo. Foi na sequência de um desses lançamentos para a área que Mateus Vital foi derrubado. Pênalti que Jô desperdiçou, mas aproveitou o rebote para fazer o gol da virada.
O domínio do Corinthians teve uma colaboração decisiva da Ponte Preta, que se encolheu, não soube encontrar alternativas para jogar sob o dilúvio e se viu pressionada durante todo o segundo tempo. Nem a expulsão de Cantillo, aos 39 do segundo tempo, alterou esse panorama.
As circunstâncias em que o jogo foi disputado em Itaquera – início de temporada, pouco tempo para treinar, dezenas de desfalques, dilúvio – deixam poucas lições para a temporada. A exceção mais evidente é Mateus Vital, que fez mais uma boa partida, presente e eficiente, ao contrário de Luan.
O Corinthians volta a jogar no próximo domingo, contra o São Caetano, no ABC. Tempo para alguns dos contaminados se recuperarem e para Mancini encaixar os garotos no time de uma maneira mais organizada e menos desesperada. A temporada será longa.
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Fonte: G1 – Globo.
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