Era de fato ilusão. O basquete cerebral e completo apresentado pela seleção brasileira nos três primeiros jogos do Pré-Olímpico de basquete em Split, na
Redação Publicado em 05/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h16
Era de fato ilusão. O basquete cerebral e completo apresentado pela seleção brasileira nos três primeiros jogos do Pré-Olímpico de basquete em Split, na Croácia, sumiu neste domingo, na decisão da vaga olímpica. Deu tudo errado para o Brasil, que perdeu para a Alemanha por 75 a 64. Houve pouca variação de estilos, muito nervosismo e um ala-pivô louro com experiência na NBA que acabou com nossa defesa. Mo Wagner está longe de ser Dirk Nowitzki, o aposentado craque alemão, mas fez a diferença neste domingo.
O primeiro fator que explica a derrota do Brasil foi a quantidade de faltas que a equipe cometeu. Os principais marcadores brasileiros – Alex Garcia, Rafael Hettsheimeir e Bruno Caboclo – ficaram pendurados cedo, o que forçou o técnico Aleksandar Petrovic a lançar ainda no primeiro quarto reservas que não mantiveram o mesmo nível na defesa.
Isso também atrapalhou toda uma estratégia de jogar através do poste baixo, com Alex e Hettsheimeir de costas para a cesta. A escalação com Rafael Luz na armação e Vitor Benite ao seu lado trazia menos jogo de pick-n-roll (bloqueio alto do pivô para o armador) e supunha que Benite atacaria através de bloqueios nos lados, que gerariam ou um chute livre para ele, Luz e Caboclo, ou oportunidades perto da cesta para Alex e Hett.
Quando Alex, Luz e Hett se sentaram ainda no primeiro quarto, a defesa alemã pôde focar mais em Benite. O ala-armador não saía de um bloqueio sem um pivô ou ala alemão entrar em seu caminho. Isso resultou em erros e na pior atuação do cestinha no campeonato. Ele só marcou nove pontos, com um aproveitamento pífio de três cestas em 18 arremessos.
Com Benite bem marcado, não houve quem desafogasse o ataque brasileiro. Faltou variação e a seleção insistiu em vão em tentar livrar o ala-armador, que não estava em bom dia. Anderson Varejão foi o melhor jogador ofensivo do Brasil, com 14 pontos em 100% de aproveitamento nos chutes de 2, mas foi pouco explorado no pick-n-roll e embaixo da cesta. Assim como a defesa brasileira, a defesa alemã fechava a infiltração com os pivôs ocupando o espaço na entrada do garrafão, principalmente Robin Benzing e Mo Wagner.
Ah, Wagner. Este foi outro fator que explica a derrota. Se há 13 anos foi Dirk Nowitzki quem eliminou o Brasil no Pré-Olímpico de Atenas, neste domingo foi este outro ala-pivô alemão capaz de chutar de fora e bater para dentro quem esteve imparável para a defesa brasileira. A seleção até parou bem a infiltração e limitou os alemães a um aproveitamento medíocre nos chutes de 3, mas não teve respostas para o jogador do Orlando Magic. Wagner teve 28 pontos, incluindo três cestas de 3, e passou por cima mesmo quando Caboclo e Alex tentaram dobrar em cima dele.
Foi com uma sequência de cestas de Wagner que os alemães abriram 11 pontos de vantagem na reta final do segundo período. Ali, o Brasil se encontrou em seu primeiro momento de real dificuldade no Pré-Olímpico. Precisando de uma reação, Petrovic lançou Yago, que talvez tivesse entrado mais cedo se Huertas estivesse no time titular. Com o baixinho em quadra, a seleção teve seu melhor momento no jogo e encostou em dois pontos.
Ele trouxe a agressividade que o Brasil precisava na infiltração, algo que faltou no primeiro tempo, em que a equipe não teve lances livres. Mas foi pouco: a seleção teve apenas nove lances livres no jogo inteiro, enquanto cedeu 24 oportunidades na linha. O 18 a 7 dos alemães em lances livres convertidos foi exatamente a diferença de pontos entre os dois na partida.
Os brasileiros lutaram e se mantiveram por perto no quarto período, mas as faltas ofensivas – olha elas de novo – impediram que se aproveitassem das vezes em que forçaram erros dos alemães. Depois que Alex foi eliminado com cinco faltas, a 3m36s do fim, uma diferença de seis pontos logo voltou a 11, e o jogo foi definido.
Mais uma vez que o torcedor brasileiro “se iludiu” com a seleção de basquete, que não repetiu na hora H as grandes atuações das fases preliminares. A visão com o “copo meio cheio” é que a geração anterior também sofreu eliminações em pré-olímpicos antes de engrenar no ciclo que levou a Londres 2012 – aquela eliminação em 2008 contra a mesma Alemanha foi a última.
Anderson Varejão, Alex e Huertas provavelmente não seguirão no próximo ciclo, mas o time ganhou corpo com Bruno Caboclo, Yago e Léo Meindl, e ainda viu bons momentos de Georginho e Lucas Mariano. Rafa Luz e Vitor Benite ainda têm idade para jogar até Paris 2024, e quem sabe Didi, Raulzinho e Gui Santos, que pediram dispensa este ano por questões pessoais, possam se juntar a eles nas próximas competições. Aí, a ilusão pode, enfim, se tornar realidade.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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