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Abel reconhece jogo ruim e critica desempenho do Palmeiras na defesa: “Números não mentem”

O desempenho do Palmeiras no empate em 1 a 1 contra o Juventude, neste domingo, foi criticado duramente pelo técnico Abel Ferreira.

Abel reconhece jogo ruim e critica desempenho do Palmeiras na defesa: “Números não mentem”
Abel reconhece jogo ruim e critica desempenho do Palmeiras na defesa: “Números não mentem”

Redação Publicado em 04/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h39


O desempenho do Palmeiras no empate em 1 a 1 contra o Juventude, neste domingo, foi criticado duramente pelo técnico Abel Ferreira.

Em entrevista coletiva no Allianz Parque, o português reclamou dos números defensivos da equipe no Campeonato Brasileiro e falou sobre a concentração dos atletas.

– O que é ser propositivo? É ter 73% de posse de bola, chegar ao último terço e cruzamentos e nada, finalizar e nada… O que é ser propositivo? Ter 73% de posse de bola e não criar. Fizemos, na minha opinião, um mau jogo. Os números não mentem. Não posso entrar em campo e sofrer gol da forma que estamos a sofrer. Não posso ter 22 jogos e ter 26 gols sofridos. É falta de compromisso coletivo defensivo.

Abel Ferreira durante a partida entre Palmeiras e Juventude — Foto: Cesar Greco

– Não podemos sofrer o primeiro gol como sofremos. Foram avisados que iam procurar bola parada e transição, era fundamental ter segurança, paciência e velocidade. Foram avisados. Os números são claros como água. Temos média de gols sofridos de equipe de rebaixamento. Não me venham falar em retranqueiro. Temos de melhorar o compromisso coletivo defensivamente. É o que essa equipe tem na Libertadores – disse o treinador.

Antes da partida, Abel já havia alertado sobre a preparação psicológica do elenco para o confronto após um grande resultado contra o Atlético-MG, pela Libertadores. Em outras ocasiões, o Verdão também falhou em casa após bons jogos pela competição sul-americana.

Para este domingo, o português promoveu mudanças na equipe titular. Jorge fez sua estreia como titular, e Gustavo Scarpa teve nova chance desde o início, assim como Luiz Adriano. Titulares na Libertadores, Felipe Melo e Dudu entraram somente na segunda etapa.

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– No Brasileiro defensivamente não estamos bem. Vamos fazendo gols, com um, dois, já fizemos quatro, já batemos recordes de gol no Allianz Parque… Só que é preciso 50%… O jogador brasileiro joga 50% com bola, faltam os outros 50% sem bola. Quando falo da equipe eu sou parte da equipe, quando critico critico o treinador da equipe. É uma crítica coletiva e o treinador está dentro. É compromisso e solidariedade defensiva coletiva. Não é da defesa ou dos avançados, é de todos. Por que temos um empenho na Libertadores extraordinário? Porque está com foco e atenção no máximo. Não foi por falta de aviso. Mas entrar no jogo e sofrer um gol da maneira que sofremos… Dá ao adversário confiança.

– O Juventude fez bem, queimou tempo com goleiro, quebrou ritmo… Fazem muito bem aqui, deitar no chão, ganhar tempo. Muitas vezes o Palmeiras também faz, é cultural. Depende da mentalidade do treinador, jogador e árbitros. Se permitirem as equipes vão continuar a fazer isso. O Juventude fez e fez bem, teve oportunidades para fazer gol na segunda parte. Nós fizemos um mau jogo.

Na próxima rodada ,o Palmeiras vai até Belo Horizonte enfrentar o América-MG, às 21h30, em jogo válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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Veja outros trechos da entrevista coletiva de Abel Ferreira:

Luiz Adriano:
– Aos nossos avançados pedimos gols, que apareçam na área para fazer gols. É o que nós queremos, é a grande missão deles. Que sempre que há cruzamento, que apareçam na área. É o que pedimos ao Luiz, ao Rony, ao Deyverson, é isso que nós queremos dos nossos avançados.

Volta da torcida na próxima rodada como mandante:
– Estou (ansioso) porque acredito que vão me tirar do trabalho de falar no início do jogo para meus jogadores entrarem alertas. Vai ser uma boa forma de avaliar o desempenho dos jogadores. Estou ansioso para que voltem, os torcedores são alma do futebol. É um ambiente espetacular, que venham ajudar, apoiar, criticar. Gosto de ter estádio cheio porque os torcedores ajudam a avaliar o desempenho de todos nós.

Mudanças no time:
– Veiga e Scarpa vamos falar o mesmo, Scarpa grande jogador e assistente, Veiga grande jogador e assistente. Mas temos de ter dois jogadores por posição. Quando joga um o melhor é o que está fora, quando joga outro o melhor é o que não joga. Confio em todos jogadores e foi por isso que chegamos inteiros e estamos a disputar a Libertadores com toda força, o Brasileirão com toda força e plantel disponível. Ganhamos umas coisas e perdemos outras, mas damos oportunidades aos jogadores mostrarem em campo o quanto querem continuar no Palmeiras.

Jorge:
– Foi uma dúvida que tive, agora vem as seleções e vamos ficar sem Piquerez. Se começava com Piquerez, se dava uns minutos ao Jorge para ver como se apresentava depois de lesão. O clube entendeu contratar um jogador que vinha de grave lesão, jogador que tem qualidade. É um jogador que vai ter de adquirir ritmo de jogo, é preciso calma e paciência. Tem qualidade suficiente para representar o Palmeiras. Queremos dois jogadores por posição, é o que mais peço, temos Piquerez e Jorge para disputar durante a semana. Tirei por opção, não foi por não estar bem. Daqui a três dias temos jogo outra vez, e o Piquerez vai embora. Há muito estudo para chegar com essa equipe inteira fisicamente.

Briga no Brasileirão? E sobre tempo até a final da Libertadores:
– Temos muito Brasileiro pela frente, muita coisa para avaliar, temos visto jogadores, tem oportunidades para jogar, mostramos que confiamos em todos, vão jogando, mostrando quanto querem continuar no Palmeiras. É através destes jogos que nos preparamos para a final da Libertadores. É contra essas equipes que se vê a mentalidade e quanto está preparada de forma consistente, porque desgasta mentalmente… Era um grande desafio. Hoje era para ganhar, não interessa como. Não fomos capazes de fazer. O Abel Ferreira faz parte do elenco. Quando elogio, elogio treinadores e jogadores. Quando critico eu critico jogadores e treinadores. Todos fazem parte da mesma família.
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Globo Esporte

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