Harry é ameaçado por líderes do Talibã após confissão: "Não iremos esquecer"

Em seu polêmico livro autobiográfico, o príncipe Harry contou os bastidores de sua vida como parte da monarquia britânica e aproveitou o espaço para compartilhar sobre os demais feitos da sua trajetória, inclusive, sobre o período em que serviu ao Exército inglês.

No relato, o príncipe contou que os soldados eram instruídos a não ver os inimigos como humanos. Na época em que serviu à repartição, entre 2007 e 2008, Harry atuava como controlador aéreo avançado do Exército Real Britânico, função na qual ele afirmou ter matado ao menos 25 combatentes do Afeganistão, país que estava em conflito com a Inglaterra.

Após a revelação bombástica, o príncipe complementou dizendo que "não está orgulhoso nem envergonhado" pelo que aconteceu durante aquele período.

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Contudo, as declarações geraram inúmeras críticas até que chegou aos membros do atual governo do Afeganistão, o Talibã.

Annas Haqqani, um dos principais críticos da revelação de Harry, fez um pronunciamento em que afirmou que os homens mortos durante o conflito eram sim humanos.

"Eles não eram peças de xadrez, eram humanos; eles tinham famílias que estavam esperando pelo retorno. Entre os assassinos de afegãos, muitos não têm sua decência de confessar seus crimes de guerra."

O porta-voz do governo Talibã, Bilal Karimi, se manifestou em tom nada amigável às declarações do antigo candidato à coroa inglesa:

"As confissões recentes do príncipe Harry, que matou brutalmente 25 de nossos homens durante sua missão no Afeganistão, mostram que esses crimes não estão limitados a Harry, mas a todos que ocupam nosso país. É triste que os países ocidentais se considerem defensores dos direitos humanos, mas essa é a realidade de seus atos. O Afeganistão, como nação muçulmana, não vai esquecer desses atos e sempre defenderá sua terra."

Por sua vez, os britânicos também fizeram questão de comentar sobre as afirmações de Harry. Ben McBean, ex-membro da Marinha britânica, que perdeu dois membros durante a guerra, disse que o príncipe precisa "calar a boca".

"Eu te amo, príncipe Harry, mas você precisa calar a boca. Isso faz a gente questionar com quem ele está andando. Se fossem pessoas boas, alguém já teria dito que ele precisa parar."