Diário de São Paulo
Siga-nos
Tratamento

Entenda qual foi o procedimento feito por Faustão para ajudar o novo órgão a funcionar

Após o rim transplantado não funcionar, a equipe médica decidiu submeter Faustão a um procedimento chamado embolização

Entenda qual foi o procedimento feito por Faustão para ajudar o novo órgão a funcionar - Imagem: reprodução Instagram I @faustaodomeucoracao
Entenda qual foi o procedimento feito por Faustão para ajudar o novo órgão a funcionar - Imagem: reprodução Instagram I @faustaodomeucoracao

Milleny Ferreira Publicado em 15/03/2024, às 11h31


O apresentador Fausto Silva, de 73 anos, continua internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, após realizar um transplante de rim desde o dia 26 de fevereiro, devido ao agravamento em uma doença renal crônica.

Segundo uma nota publicada pela equipe do apresentador nesta quinta-feira (14), o procedimento foi considerado bem-sucedido mesmo que o novo órgão transplantado não esteja funcionando. Com isso, ainda é informado que devido a isso, Faustãoprecisou passar por um novo tipo de procedimento para que seu sistema linfático fosse alterado.

As questões linfáticas do apresentador poderiam estar atrasando o processo de recuperação, por isso, os médicos optaram por realizar um novo procedimento, o qual mesmo cirúrgico é minimamente invasivo ao paciente.

A embolizaçãoconsiste em um cateter introduzido em um vaso sanguíneo por meio de um acesso pela virilha ou pelo braço, tendo o objetivo de interromper o fluxo de sangue ou de linfa (líquido que circula no sistema linfático e que faz parte do sistema de drenagem do corpo) de um local do corpo de forma proposital, segundo as informações do portal da CNN Brasil.

Essa embolização é usada para os casos que necessitam de tratamento de doenças cardiovasculares, mesmo ainda que tenham efeito para outras condições. 

A embolização é indicada para casos de câncer, doenças renais policísticas, aneurismas cerebrais e renais e em algumas doenças da próstata”, explica Luiza Ferrari, nefrologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

No caso de Faustão que passou por um transplante renal, Luiza Ferrari ainda explica que esse procedimento é importante para desobstruir o conteúdo linfático que pode estar afetando e atrasando o funcionamento do órgão transplantado.

Se não ocorrer essa desobstrução com a embolização do conteúdo linfático, esse acúmulo de linfa no local promoverá uma obstrução e compressão do rim, reduzindo o fluxo sanguíneo local e acarretando problemas para o órgão transplantado, impedindo seu funcionamento”, explica.
Compartilhe